Os fluxos EPFR Global de obrigações europeias e fundos de ações atingiram o máximo de 6 e 66 semanas, respetivamente, durante a segunda semana de agosto, depois da confirmação por parte do Eurostat de que a Europa voltou ao crescimento económico, depois do final de 2011.
Os fundos de ações, do EPFR Global, registaram entradas líquidas de 1.260 milhões de dólares na semana que terminou em 14 de agosto. Já os fundos de obrigações europeias perderam 1.380 milhões de dólares em subscrições líquidas. Os fundos do mercado monetário atraíram 6.530 milhões de dólares.
O que aconteceu
Os investidores olham, novamente, para a Europa e optam por fundos mais regionais, com os fluxos combinamos Europa e Europa ex-UK Regional Equity Funds a atingiram os 2 mil milhões de dólares, tendo atingindo a segundo maior fasquia acumulada total.
Em relação aos países, a Itália teve o grande destaque ao apresentar o maior total semanal em mais de um década, mesmo não terem crescido no segundo trimestre de 2013, segundo o Eurostat. França atingiu o maior número de resgates numa semana, dos últimos dois meses e meio.
Os investidores continuam o seu pull-back na China e nos fundos de ações do Brasil. Das últimas 25 semanas, em 24 houve mais saídas do que entradas, tendo atingindo o valor de 5 mil milhões de dólares nas últimas 13 semanas.
Já as commodities no Brasil estão a perder valor, sobretudo, por causa das dúvidas sobre a procura chinesa, sendo que ambos os países enfrentar problemas que envolvem o crescimento, inflação e a qualidade do crédito.
Fim da recessão na Europa, crescimento do trabalho nos Estados Unidos da América e a economia a continuar resistente na China são alguns do fatores que levam os investidores a pensar que a procura por mais energia, matérias-primas e outros bens não será tão estática como se previa. Durante a semana que terminou a 14 de agosto, os fundos sectoriais de energia do EPFR Global atingiram o máximo de seis semanas em alta, com as subscrições líquidas a crescerem pela nona vez nas últimas onze semanas. Já os fundos sectoriais de commodities tiveram subscrições líquidas pela segunda vez, desde do início de fevereiro. Ainda assim, este aumento na semana contrastou com os resgates a serem maiores que as subscrições no fundos ligados ao ouro.
Os fundos de obrigações do EPFR Global continuaram as suas subscrições negativas, com destaque para os mercados emergentes e para os fundos municipais de ações que existem nos Estados Unidos da América. Já os fundos de taxa variável atingiram, desde do início do ano, o valor de 45 mil milhões de dólares.