Onde devem estar estes fundos numa carteira? Trata-se de um investimento ‘core’?
Tipicamente, os investidores usam fundos alternativos UCITS para complementar posições longas detidas em carteira, em vez de fazerem um investimento autónomo.
Qual é a importância de ter este tipo de fundos, para equilibrar a carteira de investimento?
Normalmente, os fundos UCITS têm uma baixa correlação ou um beta mais baixo ou moderado face aos mercados, de forma mais ampla, e como tal, oferecem vantagens de diversificação que pode levar a perdas mais reduzidos e a uma menor volatilidade quando combinado com a exposição mais tradicional de posições longas.
Quais são as principais estratégias usadas pela equipa e até que ponto são similiares às estratégias mais tradicionais usadas por ‘hedge funds’?
Na plataforma Schroder GAIA, temos actualmente três fundos geridos externamente; dois de acções que combinam posições longas e curtas e um terceiro com igual combinação mas de crédito. Os três fundos pretendem espelhar os seus equivalentes - ‘offshore hedge funds’, respeitando sempre as diretrizes dos UCITS.
Devido às características do UCITS, acha que este produto estará mais próximo do investidor? Para que tipo de clientes está mais segmentado?
Acreditamos que os fundos Schroder GAIA são adequados para investidores mais sofisticados, abrangendo também investidores institucionais mais tradicionais, bem como os fundos de fundos, os ‘family offices’ e bancas privados.
Como é feita a gestão do risco?
A gestão do risco é uma parte integrante do Schroder GAIA. O processo de gestão do risco é composto por cinco etapas. A primeira relaciona-se com controlos de risco por parte do gestor de investimento existem a obtenção de conformidade antes da execução do negócio, evitamos iliquidez, excesso de alavancagem e concentração, a carteira está bem diversificada por sectores e geografias e aumentamos as posições em ‘cash’ quando é apropriado. Da parte da Schroders, há, ainda, uma regulação diária e independente e uma monitorização do risco de investimento (nomeadamente ao nível da liquidez, risco de contraparte, exposição global), análise de risco por parte de equipas da Schroders e ainda ‘due diligence’.
Acha mais importante ter, hoje em dia, este tipo de fundos, tendo em conta a elevada volatilidade nos mercados comparativamente ao passado? Será que estes fundos respondem a qualquer cenário de mercado e a quaisquer preocupações dos investidores?
Situações como a crise financeira de 2008 e a mais recente crise europeia em 2011 puseram em evidência a importância da diversificação numa carteira. Tal como mencionei, os fundos alternativos UCITS oferecem benefícios através da diversificação e pode ajudar na redução de perdas e da volatilidade, em momentos de maior ‘stress’ do mercado.
Quais são as maiores diferenças entre o vosso modelo e os outros desenvolvidos pelos seus concorrentes (Morgan Stanley, Deutsche Bank)?
O Schroder GAIA é uma plataforma alternativa de UCITS, com o objetivo de proporcionar aos investidores o acesso a estratégias de ‘hedge fund’, num formato mais líquido e transparente.
O modelo potencializa três pilares da Schroders: especialização em UCITS: lançámos o primeiro fundo UCITS em 1989 e agora gerimos mais de 150, através de uma grande gama de estratégias. A experiência do gestor em ‘hedge funds’: a Schroders selecciona e investe neste tipo de produtos em todo o mundo desde do ano 2000 e tem um grande número de carteiras de activos que investem em estratégias de ‘hedge funds’. Temos, também, uma equipa de analistas e de operacionais que trabalham na plataforma GAIA para garantir a qualidade dos gestores. Além disso a enorme rede de distribuição da gestora com 34 escritórios em 27 países. Temos 470 colaboradores na área de distribuição responsáveis por Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Estados Unidos, América Latina e Ásia-Pacífico, dos quais mais de 100 estão dedicados ao projecto GAIA.