Os fundos de ações com mais de 10 milhões de euros em património

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rayni_pembl822, Flickr, Creative Commons

O mês de setembro trouxe, pela quarta vez consecutiva, uma quebra do valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM). De acordo com a CMVM, na sua publicação mensal relativa a este tema, a descida, face a agosto, foi de 1,7% para 8.389,4 milhões de euros. Também os fundos de investimento alternativo (FIA) sofreram um revés de 1,5% para 2.700 milhões de euros.

Analisando os fundos de ações, e considerando os cerca de 60 produtos que a Morningstar categoriza como equity, verifica-se que estes somam mais de mil milhões de euros em ativos sob gestão, sendo que apenas um consegue superar a barreira dos cem milhões de euros. Trata-se do Caixagest Ações Líderes Globais que é gerido pela Caixagest.

Com mais de 140 milhões de euros em património, o fundo é um dos grandes destaques do ano corrente. É o fundo de ações que regista, de forma consecutiva, os maiores montantes em captações líquidas do segmento, totalizando mais de 84 milhões de euros em 2015, sendo que no mês passado registou um saldo superior a 3 milhões de euros.

No final de setembro, quase 60% da carteira estava alocada em ações de cotadas dos Estados Unidos como é o caso da Alphabet – nova dona da Google - , da Nike e da MacDonald’s: as empresas com maior investimento do fundo. Na Europa as maiores posições em carteira pertencem à Nestle, L’Oreal e LVMH.

Restantes abaixo de 100 milhões

Na lista com os restantes fundos de ações, aquele que é o segundo maior do segmento investe no mercado nacional. Trata-se do Santander Acções Portugal que está sob responsabilidade da Santander Asset Management. Com mais de 92 milhões de euros em ativos sob gestão, na sua carteira encontramos as cotadas nacionais Galp Energia, Sonae SGPS e Banco BPI, tal como um futuro sobre o índice nacional, o PSI-20.

Com quase 90 milhões de euros surge outro produto da Caixagest: o Caixagest Acções EUA. O maior investimento em carteira vai para a gigante Apple, sendo seguida da Allergan, da United Health e ainda da Exxon Mobil e da Alphabet. Em termos sectoriais, a diferença entre os três melhores classificados é mínima, com o sector tecnológico a dominar, sendo seguido dos serviços financeiros e da saúde. A destacar, ainda, o facto do produto ser o segundo mais rentável do mercado nacional nos últimos cinco anos, com uma rendibilidade de 13,79%.

“Olhos postos na Europa”

Logo de seguida figuram fundos cujo região de investimento é o Velho Continente. Com 55 milhões de euros surge o Santander Acções Europa da Santander Asset Management. O sector preferencial, no final de setembro, era o financeiro, que ocupava mais de um quarto da carteira, com destaque para o ING Group, o BBVA e ainda o BNP Paribas que surgem entre os maiores investimentos. Ainda assim, a maior posição em carteira ia para um futuro sobre o índice Euro Stoxx 50.

Já com 51,5 milhões de euros figura o BPI Europa que está sob a responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Tal como no fundo anterior, é o sector financeiro o mais representativo, desta feita com 20% da carteira, sendo o maior investimento no gigante HSBC.

O Caixagest Acções Europa e o Millennium Eurocarteira surgem logo de seguida, com 39,7 e 38,4 milhões de euros em património, respetivamente. O primeiro é gerido pela Caixagest e tem com maior posição um futuro sobre o índice Euro Stoxx 50. Já o segundo, gerido pela Millennium Gestão de Activos, tem como maiores investimentos empresas ligadas ao sector da saúde: a Roche, a Novartis e ainda a Bayer.

Os fundos de ações com património superior a 10 milhões de euros

Fonte: Morningstar no final de setembro