Os fundos de ações mais rentáveis desde o início do ano

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Rbanks, Flickr, Creative Commons

Parece que ainda ontem o ano começou e, entretanto, já é abril. Depois de conhecer os melhores fundos de obrigações do primeiro trimestre, olhamos agora para o comportamento do mercado de ações. A bolsa nacional tem motivos para sorrir, já que o PSI20 fechou o mês de março acima dos 5 mil pontos. E quanto a fundos? Quais foram os fundos de ações mais rentáveis desde o início do ano? Os dados da APFIPP de 31 de março colocam dois produtos da BPI Gestão de Activos no topo da tabela.

Nos dois lugares cimeiros estão os únicos produtos que registaram ganhos de dois dígitos. Em primeiro lugar está o BPI Ibéria, que gere cerca de seis milhões de euros e tem uma rentabilidade de 12,12%. Foi, segundo dados da Morningstar, o fundo que liderou a lista nacional no mês de março. Este fundo, lançado em 2010, “visa proporcionar o acesso a um conjunto de ações ibéricas que complemente a carteira do investidor, numa perspetiva de diversificação geográfica” e tem uma carteira composta exclusivamente por ações de empresas portuguesas e espanholas cotadas em bolsa.

Em segundo lugar na lista dos fundos de ações mais rentáveis, de acordo com a APFIPP, está o BPI Ásia Pacífico, com retornos de 11,33%. O objetivo deste OIC é “proporcionar aos seus participantes o acesso à valorização real do capital a longo prazo, através da gestão de uma carteira de ativos emitidos por sociedades de países do Continente Asiático e Oceânia ou que desenvolvam uma atividade significativa no Continente Asiático e Oceânia”. Ao nível da distribuição geográfica, de acordo com a ficha do produto de fevereiro (a mais recente disponível), verifica-se que o Japão representa 20,3%, seguido da Irlanda, 18,1%, e da Austrália, 17,9%.

A fechar o top 3 está o fundo Caixagest Acções Emergentes, gerido pela Caixagest. Nos últimos três meses obteve uma rentabilidade de 9,78%. A gestão do fundo, lançado em 2004, “visa o investimento diversificado em países considerados em vias de desenvolvimento, procurando aproveitar o maior potencial de crescimento económico dos mesmos”, de acordo com o disponibilizado no site da gestora.

Logo a seguir, com uma distância mínima, de apenas 0,06%, está o IMGA Mercados Emergentes. Sob a alçada da IM Gestão de Ativos, este fundo apresentou uma rentabilidade de 9,72%. No comentário mensal do gestor, António Dias, ressalva os “ganhos expressivos” do mês de fevereiro, com o MSCI Emerging Markets a valorizar 4,7%. Este fundo tinha, no final de fevereiro, 2.879.305 de euros sob gestão.

Em quinto lugar ficou o NB Mercados Emergentes, gerido pela GNB Gestão de Ativos, ao apresentar nos últimos três meses um retorno de 9,50%. O gestor do fundo, Ricardo Santos, destacou no seu comentário mensal, em fevereiro, os fatores que impulsionaram o fundo nesse período: a “seleção de empresas na Ásia, sobretudo na Índia e China, desde o setor farmacêutico ao de tecnologia” e a “boa recuperação das empresas e moeda mexicanas, aliviando da forte pressão desde a eleição de Donald Trump”.

Abaixo está a tabela com os 15 fundos que conseguiram, nos primeiros três meses do ano, uma rentabilidade acima de 7%. 

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