Os fundos que brilharam durante o XIX Governo Constitucional

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Jubilo Haku (Flickr Creative Commons)

O XIX Governo Constitucional de Portugal terminou a sua legislatura com as eleições de 4 de outubro. Foi liderado por Pedro Passos Coelho que ao longo dos últimos quatro anos teve de enfrentar, em grande parte do mandato, a Troika que se estabeleceu em Portugal fruto do pedido de ajuda externa executado em abril de 2011. Ao longo do tempo em que o último governo democraticamente eleito liderou, os mercados financeiros sofreram algumas mudanças, com os altos-e-baixos a serem fortes em determinadas alturas.

Olhando para o mercado nacional, desde do final de abril de 2011 até ao final de setembro passado, o principal índice bolsista nacional sofreu uma queda superior a 34%. No entanto, nem tudo foram más noticias. No mercado de fundos de investimento disponibilizados pelas entidades nacionais, a trajetória é diferente. Os dados disponibilizados pela Morningstar, através da sua plataforma online, mostram que os fundos de investimento registam uma rendibilidade média de quase 2% no período em que o XIX Governo Constitucional liderou o país (5 de junho de 2011 a 4 de outubro de 2015) , com sete produtos a registarem rendibilidade dois dígitos.

O mercado, entre os dias 5 de junho de 2011 e 4 de outubro de 2015 (período em que o governo esteve em funções), foi liderado pelo produto Invest AR PPR, no que toca à performances dos fundos de investimento.  Nesses mais de 1500 dias, o produto gerido pela Invest Gestão de Activos registou uma rendibilidade de 14,73%. O fundo gere quase 7 milhões de euros e os seus maiores investimentos são realizados em títulos de dívida soberana de países como Espanha e Portugal.

No patamar dos 13% surgem dois fundos que investem de forma totalmente díspar: o Montepio Euro Healthcare e ainda o NB Obrigações Europa. O primeiro, gerido pela Montepio Gestão de Activos, investe no mercado acionista europeu do sector da saúde e regista uma valorização de 13,65%. Já o segundo, tem como "core" o mercado obrigacionista do Velho Continente e atinge ganhos de 13,04% no período em análise. 

Ações com maior presença

Dos restantes quatro produtos, três investem no mercado acionista norte-americano: o Santander Acções América, o Caixagest Acções EUA e ainda o Millennium Acções América. Estes produtos aproveitaram, da melhor maneira, a tendência crescente no mercado acionista do outro lado do Atlântico Norte que juntamente com a trajetória cambial favorável elevaram as suas rendibilidades. Os três produtos apresentam, em conjunto, um património superior a 130 milhões de euros com as cotadas norte-americanas Apple, Exxon Mobil, Microsoft ou a Johnson & Johnson a fazerem parte dos maiores investimentos de cada produto.

Além destes figura, também, um fundo de alocação. Trata-se do NB PPR que é gerido pela GNB Gestão de Ativos e atingiu uma subida de 10,84%. O fundo tem um património superior a 14 milhões de euros e apresenta nas maiores posições em carteira títulos de dívida pública italiana, alemã, portuguesa e norte-americana.

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