Os planos que as gestoras estão a adotar para voltar ao escritório

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Créditos: Headway (Unsplash)

Pouco a pouco, as gestoras internacionais começam a tomar as suas decisões no que concerne o regresso à normalidade. Na grande maioria dos casos, as entidades elaboram os seus protocolos a partir dos seus escritórios centrais. Ou seja, é a sede de Londres, Paris ou Nova Iorque que determina o como e o quando se produz o regresso dos seus trabalhadores ao escritório. E cada uma toma as suas próprias decisões.

Todo o pessoal londrino da Goldman Sachs AM recebeu a ordem para voltar ao escritório este mês, já que os modelos de trabalho híbridos não são compatíveis com a cultura de trabalho da empresa. A decisão foi adotada ao nível do banco. Enquanto isso, a Amundi, BlackRock e muitas outras empresas permitem que os funcionários trabalhem a partir de casa dois dias por semana. Na Schroders e na GAM, por exemplo, permitem o trabalho à distância a tempo completo, comenta Philip Kalus, CEO da Accelerando Associates.

As decisões que estão a adotar as entidades nas suas distintas sedes centrais também vão afetar os escritórios de representação local. Na Península Ibérica existe uma grande divergência no que concerne a forma como se está a abordar este tema. Algumas entidades como a BNY Mellon IM, mantêm os seus planos de teletrabalho até setembro. Outras, pelo contrário, têm planos de voltar ao escritório este mês, como é o caso da Invesco.

A descalada é desigual. Também é desigual a forma como, a partir de agora, as gestoras preveem organizar-se. Algumas entidades reconhecem estar a trabalhar em planos de flexibilização laboral, algo que estão a tentar institucionalizar e regular, como acontece com a Aberdeen Standard Investments. O objetivo é flexibilizar, mas com normas claras.

Planos que já foram levados a cabo

Os planos continuam a ser desenvolvidos. São poucas as entidades que já tomaram decisões definitivas. Uma delas é a Fidelity Internacional. A gestora acaba de anunciar que vai oferecer aos seus empregados a oportunidade de trabalhar de forma mais flexível no enquadramento de uma nova política de trabalho dinâmico. “Esta nova forma de trabalhar dará à maior parte dos empregados em mais de 25 delegações de todo o mundo a oportunidade de conjugar os seus padrões de trabalho combinando o teletrabalho e o escritório de forma a que se adaptem à sua função e atendam as necessidades dos seus colegas e clientes”, argumentam na entidade.

Na gestora chegaram à conclusão de que contar com empregados satisfeitos se traduz em clientes satisfeitos. “Trata-se de uma mudança substancial real e positiva para o nosso pessoal, os nossos clientes e o nosso negócio. Também se trata de um processo interativo e vamos continuar a ouvir, aprender e basear-nos na nossa experiência do ano passado”, afirmam.