A J.P. Morgan AM considera que, à medida que a Zona Euro se mova no sentido da união bancária e logo da união fiscal e económica, os investidores continuarão a beneficiar das atractivas valorizações.
Desde o início de 2007, quando se começaram a sentir os primeiros tremores causados pela crise de crédito, o mercado de acções europeu teve um desempenho inferior ao dos EUA. Esta diferença reduziu-se ligeiramente desde que começou o 'rally' do último Outono, mas para que a recuperação nos mercados accionistas da Zona Euro continue, os analistas da J.P. Morgan Asset Management acreditam que são necessárias mais notícias boas.
"Uma fonte de boas notícias é a política: acreditamos que à medida que a Zona Euro se mova, primeiro em direcção a uma união bancária e depois fiscal e económica, os investidores continuarão a beneficiar-se das atractivas valorizações do mercado de acções", asseguram.
Mas não seria a única fonte. De acordo com a gestora norte-americana, no último Market Insights, outra fonte a considerar seriam os dados económicos, mas aqui os analistas da entidade acreditam que as notícias são piores. "O cenário macroeconómico permanece muito fraco: o crescimento do PIB na Zona Euro é plano, já que por um lado os bancos continuam a limitar os empréstimos e, por outro, os governos continuam com fortes medidas de austeridade. Até que o enquadramento macro melhore, os mercados de acções da Zona Euro podem continuar a comportar-se melhor numa lógica de retorno ao risco, apesar de que permanecem vulneráveis à excessiva confiança nos políticos e na política", sublinham.