Património líquido dos FIDC estabiliza

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Cedida

Segundo o estudo da Uqbar que foi publicado no portal TLON, em junho passado, o valor consolidado do património liquido dos 377 FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) atingiu o valor de 51 mil milhões de reais, o que representa um aumento de 1,8% face ao mês anterior, que ultrapassou os 50 mil milhões de reais.

Se alargarmos o período para o início do ano, o resultado é contrário, havendo assim um decréscimo de 3,3%, já que o património liquido do FIDC foi de 52,86 mil milhões de reais. A queda ainda é mais acentuada (16,1%, em junho de 2012 o valor era de 60,92 mil milhões de reais), se esticarmos o prazo para os últimos doze meses.

O FIDC Sistema Petrobras NP não entra nas contas da Uqbar. Caso fizesse parte da estatística apresentada, o valor patrimonial liquido  dos FIDC atingia 90 mil milhões de reais, sendo que este fundo representaria 43% de todos os FIDC.

Tendência mantém-se mesmo sem os FIDC não padronizados

Se analisarmos o desempenho dos FIDC, sem os fundos não padronizados, a tendência de queda mantém-se. Esse conjunto engloba 266 fundos que atingiram a soma de 42,41 mil milhões de reais em junho, mais 2,2% do que em maio. Desde do início do ano, a queda situa-se nos 4% e nos últimos doze meses a queda é mais acentuada, atingindo o valor de 19% (52,08 mil milhões de reais)

Aumento do património em 900 milhões de reais

O saldo entre as valorizações e desvalorizações em junho, face ao mês de maio, é positivo em cerca de 900 milhões de reais. Os que fecharam o mês no verde (155 fundos) contribuíram em 2,14 mil milhões de reais para o património líquido dos FIDC. Do lado oposto, 115 fundos reduziram o seu valor em 1,24 mil milhões de reais. A maior perda foi do Multicredit que viu o seu valor patrimonial líquido diminuir em 261,6 milhões, para os 71,7 milhões de reais.

Porque aumentou?

O aumento em junho do património liquido foi devido às “novas emissões de cotas do FIDC Fênix do Varejo. Resultado de aprovação em assembleia de cotistas do fundo, a emissão pode chegar a até R$ 710,0 milhões”, Segundo pode ler-se no relatório da Uqbar que foi publicado pela TLON.

Também o FIDC For-Te contribuiu para o aumento, tendo o seu património líquido crescido em 578 milhões de reais.

Mudanças na informação mensal da CVM

As mudanças são modestas, com um saldo negativo de três fundos em relação ao boletim mensal anterior. Assim, saíram quatro fundos que, em conjunto, atingiam 265 milhões de reais em maio. Em sentido contrário, o fundo que começou a constar na publicação oficial da CVM contribuiu em 10 milhões de reais para o património líquido dos FIDC.