Desde o surgimento da Ómicron como a variante mais recente e mais contagiosa da COVID-19, os investidores viram-se obrigados a reavaliar os seus prognósticos para 2022. As ações continuam a ser a primeira opção para Peter van der Welle, estratega da Robeco. Considera provável que as rentabilidades comecem a produzir-se mais cedo à medida que os bancos centrais comecem a subir as taxas de juro.
“Para nós, o impulso económico, as taxas de juro e a liquidez são um grande apoio para os ativos de risco, ainda que qualquer confinamento americano poderá fazer-nos questionar esta perspetiva”, afirma Peter van der Welle. A partir daqui, considera mais provável que obtenhamos as rentabilidades das ações este ano em vez do próximo ano ou no ano seguinte. “As rentabilidades vão originar-se no início”, defende.
“Devemos ter a mente aberta sobre as incertezas macroeconómicas a propósito do crescimento, a inflação e os custos laborais”, insiste. Neste contexto, podemos esperar diferentes cenários a considerar no próximo ano: inflação, estagflação, desinflação, erros de política, estancamento do crescimento e COVID 4.0.
“O ponto-chave para navegar por estas águas é atualizar o cenário principal à medida que avançam os factos, avaliar onde diferem os preços de mercado com as suas expetativas e só depois investir. Isto implica aproveitar as oscilações para que funcione a seu favor”, propõe.
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