Perspetivas macro: o que esperam as gestoras para a economia no segundo semestre

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Créditos: Mike Kononov (Unsplash)

Após superar a crise económica provocada pela pandemia e depois de uma forte recuperação do crescimento mundial, o que nos traz a segunda metade de 2021? As gestoras internacionais revelam os principais dados macroeconómicos a que estarão atentos na segunda metade do ano. Estas são as suas perspetivas.

Aberdeen SI:

Álvaro Antón Luna, responsável de negócio e distribuição da Aberdeen SI para a Península Ibérica, considera que veremos uma recuperação divergente. “A economia global vai viver vários anos de crescimento acima da média à medida que recupera da crise pandémica, apoiada pela vacinação e pelas políticas monetárias e fiscais acomodatícias. A força da procura no curto prazo está a gerar um período de inflação mais alta, embora esperemos que esse efeito seja temporário”, explica.

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Segundo o profissional, as suas perspetivas económicas globais são fortes: crescimento de 5,7% em 2021, 4,8% em 2022 e de 3,4% em 2023. Porém, considera que as divergências entre as zonas onde a vacinação começou mais cedo e onde ainda está a começar, entre as economias desenvolvidas e emergentes e entre os setores da indústria e dos serviços, são pontos-chave.

Apesar de ter em conta que os cenários de downside podem pesar sobre o crescimento e sobre a inflação, considera que o equilíbrio geral dos riscos em torno das suas previsões é positivo. Relativamente à inflação Álvaro Antón Luna conclui que poderá subir mais do que esperam na entidade se continuarem as disrupções nas cadeias de distribuição e se estas passarem para os salários e preços. “O crescimento pode ser maior se as cicatrizes da crise forem evitadas”, comenta.

AllianceBernstein:

Miguel Luzarraga, responsável de negócio da AllianceBernstein para Portugal e Espanha, considera que a recuperação continua a ganhar ritmo. “Elevámos as nossas previsões de crescimento e esperamos que a economia global cresça 6,1% este ano e 4,3% em 2022. Ambas as projeções estão acima da tendência pré-crise de cerca de 3,0%”, explica.

Para o profissional, é importante manter um senso de perspetiva, apesar de considerar que embora a produção global esteja agora de volta aos níveis pré-pandémicos, ainda é 3% menor do que teria sido sem a COVID-19. “Esta lacuna deve diminuir ao longo do próximo ano, mas duvidamos que o crescimento seja forte o suficiente para fechar o gap por completo”. “Esperamos que a inflação das economias desenvolvidas atinja os 2,4% este ano, antes de voltar para 1,9% em 2022, à medida que fatores transitórios começam a desaparecer.

Sobre os bancos centrais, para Miguel Luzarraga “não há uma abordagem monetária uniforme”. Muitos bancos centrais, incluindo a Fed, vão procurar retornar gradualmente a política monetária a uma configuração mais normal. Outros, como o BCE e o BoJ, vão demorar mais tempo.

Allianz GI:

De acordo com Stefan Hofrichter, economista-chefe da Allianz GI, a meio do ano, as perspetivas económicas são positivas, em grande medida devido aos significativos pacotes de estímulos económicos ao longo do ano passado. Contudo, para o profissional, todo esse crescimento pode ter um preço. “Os investidores precisam de pensar de forma ampla para navegar num ambiente de crescimento global desigual e expetativas mais altas para a inflação”, comenta.

Para Stefan Hofrichter, estas são algumas das conclusões a reter: “(i) A inflação mais alta é um dos principais riscos a meio do ano, o que torna importante preservar o poder de compra e proteger-se contra a volatilidade do mercado, (ii) mantemos um viés para os ativos de risco, embora com alguma cautela, pelo que se deve considerar uma posição mais neutra ao longo do espectro de risco/retorno, pelo menos a curto prazo, (iii) deve-se considerar manter as durações curtas e gerir as posições ativamente: os mercados de obrigações podem ficar preocupados com a inflação e a ação do banco central e, finalmente, (iv) a defesa do investimento sustentável continua a consolidar-se na recuperação pós-pandemia e os fatores ESG vão ser críticos para avaliar uma nova gama de riscos e identificar oportunidades anteriormente desconhecidas”.  

O especialista da Allianz Gi enumera ainda quatro aspetos a ter em conta pelos investidores até ao final de 2021: “(i) no boom pós-Covid, os investidores devem navegar por economias divergentes, altas valorizações e inflação mais alta, (ii) neste ambiente de baixas taxas ainda por mais tempo, mantenham-se atentos à inflação, (iii) deve-se considerar quaisquer contrariedades nas ações da China como uma oportunidade para restabelecer uma posição de longo prazo, e (iv) o investimento sustentável é o novo padrão”.

Amundi:

Victor de la Morena

Para Víctor de la Morena, diretor de Investimentos da Amundi Iberia, depois do verão, chegará o verdadeiro teste para a inflação. Será nessa altura que os efeitos de base se desvanecerão e que os mercados se vão centrar nos fatores estruturais e na comunicação dos bancos centrais. Com isto em mente, sem descontar uma possível pausa a curto prazo devido às altas valuations, o contexto de recuperação económica favorece a evolução das ações. Especialmente as de carácter pro-cíclico como as da Europa, do Japão, dos emergentes e as pequenas empresas. De la Morena também acredita na continuidade da rotação de growth para value. “Achamos interessante combiná-la com posições em valores defensivos de qualidade que ficaram muito para trás”, propõem.

Mas o aumento da inflação e o seu efeito nos bancos centrais também afeta as obrigações. Aqui o especialista da Amundi advoga pelas durations curtas e em esperar por melhores pontos de entrada para recuperar a neutralidade. “Pensamos que as obrigações americanas podem alcançar os 1,8%-2%, pelo que se deve resistir à tentação de optar por durations longas”, insiste. Também apoia a adoção de posições em dívida corporativa. Neste segmento os fundamentais estão a melhorar com a recuperação económica, os bancos centrais continuam a ser protetores e as rentabilidades podem oferecer uma maior almofada contra a subida de taxas.

AXA IM:

Na mesma linha, Gilles Möec, responsável de economia da AXA Investment Managers: o contexto macroeconómico é positivo para as ações e para o crédito. “Esperamos uma maior maturação deste invulgar ciclo económico que ainda tem como tela de fundo uma pandemia mundial”, assegura. Por isso, vaticina que não será fácil antecipar as grandes mudanças nos mercados de ações, nem as formas da curva de yields.

Portanto, a diversificação continua a ser muito importante no momento de elaborar estratégias de investimento. Quer seja numa ou em várias classes de ativos. Estão positivos quanto às perspetivas de crescimento e ao comportamento da inflação a médio prazo. “Mas em algum momento as taxas vão subir e a Fed já pôs os mercados em alerta”, ressalta Möec.

BNY Mellon IM:

À medida que os EUA, a zona euro e o Reino Unido continuam a avançar com a reabertura das suas economias, Lale Akoner, diretora de estratégia de investimentos na BNY Mellon Investment Management, antecipa que a atividade económica vai recuperar em força na segunda metade de 2021. Um movimento impulsionado pela enorme procura acumulada e pelo efeito retardado dos massivos estímulos monetários e fiscais.

Não obstante, no resto do mundo, o ritmo de vacinação está a ser mais lento. Sobretudo nos mercados emergentes como a Índia, o Brasil ou a África do Sul. Por isso, ainda que a recuperação mundial continue vigente e robusta, Akoner prevê que será mais desigual do que prognosticavam há três meses. Se a vacinação acelerar nos emergentes que ficaram para trás, estas divergências poderão desvanecer-se nos próximos trimestres. Mas, atualmente, as suas perspetivas contemplam mais alguma variabilidade no comportamento económico. Isto será particularmente notório entre os principais países desenvolvidos (e na China) e em alguns dos mercados emergentes mais importantes.

Capital Group:

Os especialistas coincidem no facto de verem um sólido crescimento das principais economias. “Com a chegada das vacinas em novembro, as nuvens da tempestade da pandemia começaram a dissipar-se”, defende Robert Lind, economista da Capital Group. Conforme aumenta a vacinação e diminuem as restrições, é provável que as principais economias experimentem um sólido crescimento durante o resto do ano e até 2022.

Os consumidores e as empresas, que dispõem de uma grande liquidez, estão dispostos a gastar. E isso acelera a recuperação e tem implicações para as carteiras. “É compreensível que a reativação da economia mundial, impulsionada por uma procura reprimida e um estímulo governamental sem precedentes, tenha reavivado o medo dos investidores de uma maior inflação e da subida as taxas”, analisa Lind.

Não espera que se repita a elevada e instável inflação dos anos setenta, mas um período de inflação moderadamente alta poderá ajudar a economia a ajustar-se ao choque da pandemia. O risco que deteta Lind é que os bancos centrais se vejam obrigados a acomodar maiores défices e dívida pública, o que poderá provocar pressões inflacionárias mais persistentes.

Carmignac:

“Após o choque assimétrico da pandemia, a velocidade de vacinação e o grau de normalização fiscal em 2021-2022 são os novos fatores de dessincronização entre os ciclos económicos das principais regiões”, começa por explicar Raphaël Gallardo, economista-chefe da Carmignac.

O especialista considera que a curto prazo, o estímulo fiscal e o aforro forçado durante a pandemia acarretam um forte aumento da procura das famílias e das empresas em 2021. “Isto está a criar pressões inflacionárias transitórias devido à insuficiência da oferta de semicondutores, transporte (terrestre e marítimo), materiais de construção e certos metais vinculados à transição energética (cobre, cobalto, etc.). Nos Estados Unidos, o problema agrava-se devido à escassez de mão de obra (menos imigração, subsídios de desemprego mais generosos)”, expõe.

Raphaël Gallardo refere ainda que “a pandemia acelerou as fortes tendências de digitalização, a desglobalização e a descarbonização; a primeira é um choque de oferta positivo, mas as outras duas são choques de oferta negativos que poderão gerar uma subida mais duradoura da inflação”.

DWS:

Stefan
Cedida

Stefan Kreuzkamp, diretor de Investimentos na DWS, também partilha essa visão positiva. A nível global, espera uma taxa de crescimento de 5,8% para 2021 e de 4,6% para 2022. Assim, vaticina que a pressão inflacionária alcançará o seu ponto máximo este ano, a partir do qual se estabilizará. “O efeito atual da procura reprimida, que provoca uma pressão de subida dos preços, deverá voltar a ceder, e as alterações da oferta, que também provocam uma importante pressão sobre os preços, tiveram fim em grande medida”, detalha Kreuzkamp.

O especialista não espera que a rentabilidade da dívida pública suba muito. Também não vê no horizonte nenhuma subida de taxas nem na zona euro, nem nos Estados Unidos antes de 2023. Além disso, vão continuar com os seus programas de compras de ativos. “Não obstante, em agosto, na reunião de Jackson Hole dos banqueiros centrais nos Estados Unidos, o tapering poderá voltar a estar na agenda”, detalha.

Fidelity International:

Um contexto macro positivo traz perspetivas de lucros muito favoráveis. Algo que para Romain Boscher, diretor de Investimentos globais de ações da Fidelity International, explica as altas valuations com que estamos a iniciar o semestre. Mas faz uma chamada de atenção importante: “Não devemos comparar com o ano passado, algo que faria pouco sentido dada a recessão económica, mas com 2019”. Assim, enquanto os lucros na Europa dessa altura até dezembro (e para 2021) poderão ser apenas algo superiores aos de há dois anos, à escala mundial espera um aumento médio de 15% impulsionado pela Ásia.

Esta situação, ressalta, ver-se-á reforçada pelo investimento massivo dos governos em todo o mundo, com uma dispersão que ultrapassa as fronteiras setoriais e geográficas. Ainda que tenham um viés setorial para o growth, afirma que os valores cíclicos de setores como o tecnológico e o industrial vão ver-se favorecidos. Além disso, continuam cautelosos com o potencial de subida dos bancos em geral.

Invesco:

Inigo Escudero Invesco

A inflação e a recuperação são os dois focos para Iñigo Escudero, diretor da Invesco para a Península Ibérica, América Latina, Israel e US Offshore. A gradual reabertura das economias, as medidas de estímulo aplicadas pelos diferentes governos e bancos centrais e o aforro acumulado pelas famílias durante as restrições vão gerar, na sua opinião, um forte ritmo de crescimento na segunda metade do ano. “De facto, a maior parte das previsões foram revistas em alta recentemente”, ressalta.

Não obstante, tem muitas dúvidas quanto ao efeito que pode ter este crescimento na inflação. “Atualmente, já vimos um aumento dos preços, que se situam nos seus níveis mais altos desde há anos, mas há muitas dúvidas se se trata de um aumento temporário ou se veio para ficar”, explica. Ainda que seja cedo para tirar conclusões, não preveem uma inflação descontrolada, mas maior do que a vimos nos últimos anos.

J.P. Morgan AM:

Também Lucía Gutiérrez-Mellado, diretora de Estratégia da J.P. Morgan Asset Management para Portugal e Espanha, vê um contexto macro sólido. Considera provável que persistam as preocupações com a inflação, mas defende que se terão de dar muitas más notícias para que os bancos centrais modifiquem significativamente os seus planos atuais para uma eliminação dos estímulos.

Lucía Gutiérrez-Mellado_J.P.Morgan

Dado que a atividade económica e os ganhos corporativos parecem estar bem apoiados por agora, acreditam que as ações vão subir, mas a um ritmo mais lento e com potenciais baques habituais no caminho.

“É provável que a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que se celebrará em novembro de 2021, produza uma série de anúncios políticos, regulatórios e na área dos investimentos, criando vencedores e vencidos dentro das carteiras”, vaticina. Algumas empresas vão beneficiar de novos investimentos em infraestruturas verdes ou de estar bem preparadas para a transição em comparação com os seus concorrentes.

Janus Henderson Investors:

Para Matt Peron, director de análise da Janus Henderson Investors, agora os consumidores serão os protagonistas. As operações digitais não vão desaparecer, já que os consumidores vão experimentar a eficiência dos pagamentos online. Por outro lado, os modelos de trabalho e aprendizagem híbridos vieram para ficar e algumas atividades da era pandémica registaram um declínio (como os videojogos), mas esperamos que as viagens e as atividades sociais aumentem.

Ainda que uma certa inflação seja um sinal positivo de uma economia em vias de melhoria, se for difícil de controlar pode reduzir o valor atual de todos os ativos de maior risco, opina. Além disso, as subidas contundentes de taxas, à medida que os bancos centrais procurem encurtar distâncias, vão cumprir a profecia de que uma política monetária restritiva provoca o fim de uma expansão.

A sua teoria principal para o que resta de 2021 é que a recuperação irá ampliar-se. Assim, acredita que dependerá do interesse dos investidores em equilibrar a sua exposição a longo prazo com obrigações de maior qualidade, cujos lucros deverão ver-se impulsionados durante vários trimestres numa conjuntura de aumento da atividade económica.

Jupiter AM:

Ariel Bezalel, responsável de obrigações e gestor do fundo Dynamic Bond, e Harry Richards, gestor de fundos de obrigações, ambos da Jupiter AM, consideram que nos vamos manter num contexto prolongado de taxas de juro baixas. “Sem dúvida vai registar-se um forte aumento do crescimento e da inflação quando as economias reabrirem, mas acreditamos que este deverá na sua maior parte aos baixos níveis de comparação e a alguns bottlenecks temporários na oferta, e que estas pressões vão desvanecer-se ao fim de um dou dois trimestres no máximo”, explicam.

Os profissionais da Jupiter referem ainda que a curto prazo, as pressões inflacionárias vão flutuar, mas como investidores tentar equilibrar os riscos e as recompensas e fixam-se nas tendências de longo prazo. “Isto deve-se ao facto de existir uma combinação de fatores, como o excesso de dívida, a zombificação do setor empresarial, a tecnologia e mão de obra barata, que está a conter a inflação estrutural em todo o lado”, concluem. 

Robeco:

Peter van der Welle, estratega da equipa macro global da Robeco, prevê que a expansão económica mundial continuará. Ainda que o ritmo da mesma, assim como a sua amplitude, se atenuem ligeiramente. Durante a segunda metade de 2021, o aumento do emprego, os efeitos positivos sobre a riqueza de um mercado imobiliário resiliente, dos efeitos indiretos do estímulo fiscal (passado) e das taxas de juro reais historicamente baixas, vão impulsionar o consumo e os investimentos.

Isto significa que a denominada reflação sobre a tendência do crescimento económico e o aumento da inflação ainda tem pernas para andar. “O mercado claramente tornou-se mais ansioso devido à recente mudança radical (hawkish) na orientação da Fed”, interpreta Van der Welle. Não acredita que a Fed tenha abandonado os objetivos de inflação média dado o seu forte foco em conseguir o máximo de empresa e a sua falta de predisposição para subir as taxas de forma preventiva. “Adicionalmente, a recente mudança no diagrama de pontos do FOMC indicou que os seus membros estão conscientes dos riscos de sobreaquecimentos dos tailwinds”, detalha. Por isso, vaticina que a curva de yields dos EUA poderá voltar a subir. Ainda que o aumento no extremo da curva possa ser impulsionado mais pelas taxas reais do que pela necessidade de compensação devido à inflação.

Schroders:

Carla Bergareche.

“As vacinas, o apoio político e a eficaz adaptação de muitas empresas para operar apesar das restrições levou a Schroders a elevar a sua previsão de crescimento, especialmente para os EUA, o Reino Unido e zona euro. “Além disso, a aceleração do crescimento económico nestes mercados provavelmente virá principalmente dos emergentes através de uma maior procura de exportações”, explica Carla Bergareche, diretora-geral para Portugal e Espanha. Calculam que a economia mundial cresça 5,9% este ano.

Assim, a inflação aumentará a curto prazo devido ao encarecimento das matérias-primas e do setor dos serviços. “A Fed poderá reduzir as compras de ativos em dezembro, mas o BCE não se verá obrigado a mudar a sua política e o período de inflação acima do objetivo em muitos mercados emergentes irá ceder”, defende a especialista.

UBS AM:

Alvaro Cabeza_UBS

Estamos num ponto complexo para as carteiras. Álvaro Cabeza, responsável da UBS AM Iberia, vê valuations altas no mercado de ações americano e neutras nos mercados de ações ex-EUA. Assim, a entidade estima que a rentabilidade das ações mundiais nos próximos cinco anos será de cerca de 5,1% em dólares americanos sem cobertura. Em contraste, as obrigações, com a divisa coberta, vão obter rentabilidade na parte baixa de um só dígito. Dito isto, este número é superior ao de há um ano, quando a sua previsão para a dívida pública mundial era de 0% em cinco anos.

Os ativos alternativos veem-se afetados pelo contexto de baixas taxas de juro, mas para o especialista continuam a ser favoráveis em relação aos mercados cotados. Quanto ao capital de risco, esperam ver um prémio semelhante ao que vimos historicamente, de 7,4%. De facto, calculam que a rentabilidade do mercado imobiliário se aproximará das ações, com 4,5%. Por último, os hegde funds e o crédito privado vão situar-se abaixo dos 4%.