Na opinião da equipa gestora deste fundo com Rating FundsPeople+, a rentabilidade da liquidez atingiu o seu pico, e as obrigações apresentam um melhor perfil de retorno/risco do que as ações.
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A primeira mensagem da PIMCO: as obrigações voltaram. Após muitos anos de retornos baixos ou mesmo negativos, as obrigações de alta qualidade dos EUA, do Reino Unido, da Europa e Austrália recuperaram o seu valor, afirmam na PIMCO. “Foi uma viagem repleta de percalços e poderá continuar a sê-lo durante mais algum tempo, mas esta volatilidade representa, talvez, a melhor oportunidade para as exposições táticas em anos”, defendem Daniel J. Ivascyn e Alfred T. Murata.
As perspetivas para esta classe de ativos em 2024 são empolgantes. Na opinião da equipa gestora do PIMCO GIS Income Fund, com Rating FundsPeople+, as yields e as valorizações parecem ser atrativas de uma perspetiva histórica, mesmo depois do ajuste da inflação, em comparação com as ações e outras classes de ativos de maior risco.
A segunda mensagem da PIMCO: a rentabilidade da liquidez é efémera e atingiu o seu máximo. “Quando as taxas de juro baixarem, podemos encontrar-nos numa situação em que a rentabilidade do dinheiro baixa à medida que a das obrigações sobe”, preveem os gestores.
Por isso, no PIMCO Income, estão a pôr o seu capital a trabalhar. Por exemplo, encontram oportunidades nos MBS (Mortgage Backed Securities) ou em empréstimos de alta qualidade para compra de automóveis ou para estudar. Também estão posicionados ativamente noutros produtos estruturados de maior qualidade, como obrigações de empréstimo colateralizado (CLO) e títulos sustentados por hipotecas comerciais diversificadas. “Estes setores não só beneficiam de qualidade de subscrição e diversificação razoáveis, como também estão sustentados por hard assets que proporcionam um apoio adicional, caso a economia entre em recessão”, argumentam.
A duração no PIMCO Income
Além disso, são muito ativos na gestão da duração. Reduziram ligeiramente a exposição da estratégia às taxas de juro desde o seu máximo do ano passado. Atualmente, esta encontra-se abaixo do ponto médio do seu intervalo histórico, centrado na parte média da curva, nos vencimentos de cinco a dez anos. Mantêm uma pequena exposição na parte mais curta da curva - os vencimentos inferiores a cinco anos -, mas reduziram-na recentemente, visto que os vencimentos muito curtos parecem estar sobrevalorizados devido a um otimismo excessivo em torno da rapidez com que os bancos centrais vão baixar as taxas.
Outra razão que os leva a favorecerem os vencimentos intermédios é o facto de estarem preocupados com a sustentabilidade a longo prazo dos défices federais de alguns países, em particular o dos EUA. “O pronunciado e crescente défice americano poderá dar lugar a uma maior emissão de obrigações do Tesouro e a taxas mais altas à medida que os mercados absorvem este risco. Estamos a começar a diversificar a nossa exposição às taxas de juro em mercados de alta qualidade fora dos EUA, como na Austrália, Europa e no Reino Unido”, afirmam. Não obstante, mantêm uma posição em obrigações ligadas à inflação do Tesouro dos EUA, para se protegerem contra o risco de a inflação americana acelerar.
O que esperar do PIMCO Income
Liderado, desde o seu lançamento em 2007, por Ivascyn e Murata, em 2018, Joshua Anderson juntou-se à equipa. A carteira é constituída por dois blocos bem distintos: por um lado, emissões de alta qualidade que ajudem a preservar capital; e, por outro, ativos que geram uma rentabilidade diferencial.
O fundo explora todos os recursos da PIMCO na sua gestão mediante um processo de investimento com dupla abordagem: top-down e bottom-up. Através da primeira, a PIMCO expressa a sua visão macro, atualizada constantemente nos fóruns cíclicos e seculares, nos quais participam profissionais de primeiro nível, como ex-mandatários dos grandes bancos centrais. Estes fóruns ajudam a entidade a identificar as tendências que terão mais importância no momento de investir, e neles é debatido o estado dos mercados e da economia.
Através do processo bottom-up de seleção de emissões, a PIMCO conta com mais de 250 gestores e equipas especializados em cada classe de ativos. São gestores que analisam cada obrigação individualmente, cobrindo todos os setores corporativos globais na totalidade da sua estrutura de capital. Além disso, a gestora aplica um sistema de rating interno baseado na análise fundamental e de valor relativo. A PIMCO gera a sua própria qualificação creditícia de forma interna e independente das agências de qualificação externas.
A análise e gestão do risco é outro elemento fundamental em todas as estratégias da empresa. A equipa de riscos da gestora está incluída no processo de investimento, e encontra-se no trading floor com as equipas gestoras para realizar uma análise pormenorizada de cada fator de risco e stress das carteiras em todos os possíveis cenários de mercado.