Portugal ocupa o nono lugar do ranking europeu de literacia financeira

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“When will the Penny Drop: Money, financial literacy and risk in the digital age”, estudo apresentado pela Allianz Global Investors, revelou dados preocupantes relativamente à literacia financeira dos europeus. Portugal e Itália ocupam os últimos lugares, enquanto que a Áustria, a Alemanha e a Suíça lideram o ranking de literacia financeira e risco. A melhoria neste campo torna-se essencial, numa altura em que é cada vez mais necessária uma gestão correta das finanças pessoais.

Os resultados do estudo revelaram a importância da literacia financeira e risco na tomada de decisões financeiras corretas, área em que os portugueses apresentaram lacunas. “Cerca de 45% dos inquiridos portugueses respondeu a todas as questões básicas de literacia financeira e 11% respondeu corretamente às questões sobre o risco”. No entanto, os dados acabaram por demonstrar que “apenas 7% dos respondentes em Portugal foi capaz de responder corretamente a todas as cinco questões básicas sobre literacia financeira e risco”, refere o relatório do estudo. Apesar de ocupar o nono lugar do ranking, Portugal tem oportunidade de melhorar nesta área.

Ainda que a crise financeira tenha tido um efeito catalisador para uma maior atenção no que diz respeito a tópicos financeiros, os europeus revelaram poucas melhorias em comparação com estudos realizados há mais de uma década. O conceito de diversificação de risco foi o que apresentou piores resultados. Os dados apresentados demonstram que “em Portugal, menos de um em cada cinco inquiridos conseguiu identificar o produto financeiro mais adequado num cenário real assente em diversificação de risco”, sendo que a média europeia é de 28%.

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Em termos etários, os mais velhos revelam um maior conhecimento em termos financeiros e de risco, sendo que os millennials apresentam a mais baixa literacia financeira e risco. Marisa Aguilar Villa, Head of Iberia da Allianz Global Investors, revela-se preocupada com os resultados apresentados: “Isto não é um bom augúrio, uma vez que estes grupos vão ter de suportar uma maior responsabilidade e ser mais ativos no que respeita ao planeamento financeiro e ao rendimento na reforma”. Do ponto de vista do aconselhamento financeiro profissional, Marisa Aguilar Villa afirma que “é ainda uma preocupação adicional o facto de os grupos que consideram desnecessário o aconselhamento financeiro profissional, serem aqueles que mais beneficiariam desse aconselhamento. Este é um resultado que se aplica tanto em Espanha como em Portugal”. Contudo, os países da Península Ibérica consideram o aconselhamento mais útil do que a média europeia”, conclui.