Foi um ano de mudanças na estrutura de investimentos levada a cabo pela entidade. Das carteiras eliminou-se por exemplo o segmento de obrigações governamentais euro.
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A Previsão é a responsável pela gestão de três fundos de pensões, os fundos de pensões do pessoal dos TLP, da TDP – Teledifusora de Portugal, e ainda do fundo de pensões Marconi. O montante gerido por estes fundos não se alterou muito face ao que era relatado em 2019, tendo crescido cerca de 500 mil euros comparativamente com o ano de 2019.
A gestora terminou assim 2020 ainda mais próximo dos 80 milhões de euros geridos nos produtos - mais concretamente 79,85 milhões.
2020, segundo o que relatam agora no relatório e contas da Previsão, marcou uma “revisão das políticas de investimento dos fundos de pensões, com base nos resultados obtidos nos estudos de avaliação conjunta de ativos e responsabilidades”.
A gestora conta que tendo presente as especificidades de cada fundo de pensões em termos de estrutura e nível de financiamento das responsabilidades, se “continuou a privilegiar a exposição a ativos mais correlacionados com as responsabilidades, sobretudo no caso do Fundo TDP”. Indicam que neste o nível de financiamento das mesmas é superior, “tendo-se aumentado ligeiramente a exposição a ações no fundo TLP”, de forma a possibilitar “a recuperação do nível de solvência a prazo”.
Deste modo, a nova estrutura da composição dos ativos define-se da seguinte forma:
Diferencial de rendibilidade superior
Face à estrutura anterior, uma das mudanças foi a eliminação da exposição ao segmento de obrigações governamentais euro. Esta era “constituída principalmente por títulos de dívida pública portuguesa cuja maioria atingiu a maturidade em 2020”. Por outro lado, suprimiram também a classe de ativos de retorno absoluto.
Relativamente à estratégia de investimento anterior, a entidade admite que agora a nova estratégia “apresenta um diferencial de rendibilidade ligeiramente superior face à evolução esperada das responsabilidades e ainda um nível de rendibilidade ajustada pelo risco mais favorável”.
Reforço da gestão ativa e passiva
De entre as várias linhas gerais das orientações de política de investimento e asset allocation que a entidade detalha no documento, vale a pena destacar algumas. Nomeadamente, o “outsourcing da gestão dos ativos, por recurso à participação em veículos de investimento de gestores de primeira linha, em regime de gestão ativa ou passiva, numa perspetiva especializada por classe de ativo e zona geográfica”.
No segmento da revisão da política de investimentos, houve um exemplo do descrito. Mais concretamente um “reforço da exposição ao segmento de obrigações corporate euro”. Assim, no segundo semestre de 2020, existiu um “um processo de seleção de um novo gestor com vista ao reforço da gestão ativa neste segmento, de forma a beneficiar de uma abordagem mais oportunística no atual enquadramento de mercado, caracterizado por taxas de juro muito reduzidas”.