O PSI 20 fechou a última sessão da semana em terreno negativo, com a maioria dos títulos no ‘vermelho’, protagonizando uma descida menor que as principais praças europeias.
Entre as congéneres da bolsa portuguesa, as desvalorizações oscilaram entre 0,49% de Londres e 1,61% de Frankfurt, num dia em que decorre a reunião do Eurogrupo e nos Estados Unidos as vendas a retalho e a confiança dos consumidores caíram inesperadamente.
Na NYSE Euronext Lisbon, o PSI 20 recuou 0,27% para 5.923,09 pontos, com 16 títulos em queda e quatro positivos.
A banca protagonizou as quedas mais acentuadas da sessão, com o BCP a perder 3,13% para 0,093 euros, o BPI a descer 2,8% para 1,04 euros, o BES a deslizar 2,54% para 0,805 euros e o Banif a recuar 0,84% para 0,118 euros.
O dia foi também negativo para a área de telecomunicações, com Zon Multimédia e Sonaecom a encerrarem em queda de 1,49% e 1,0%, respectivamente, para 1,678 euros e 3,237 euros, e a Portugal Telecom a desvalorizar ligeiros 0,07% para 4,03 euros.
No sector energético, a EDP Renováveis caiu 0,92% para 3,785 euros, a Galp Energia perdeu 0,29% para 12,03 euros, enquanto a EDP terminou o dia com um ganho de 2,4% para 2,47 euros e a REN com uma subida de 1,09% para 2,22 euros.
Em alta, e também a contribuir para travar uma maior queda do PSI 20, esteve a Jerónimo Martins, que valorizou 1,02% para 16,335 euros. O outro título que conseguiu escapar às quedas foi a Mota-Engil, que progrediu 0,15% para 1,943 euros.
Apesar da fecho negativo desta sessão, o PSI 20 acumulou na semana uma valorização de 5,08%, recuperando das quedas da semana anterior, “à medida que os receios quanto aos efeitos do chumbo do Tribunal Constitucional se foram dissipando”, refere Jorge Guimarães, director-adjunto da Banif Gestão de Activos. Simultaneamente, acrescenta, “surgiu a expectativa de uma extensão dos prazos de pagamento dos empréstimos da União Europeia a Portugal e à Irlanda, o que veio a concretizar-se hoje (numa declaração de princípios), através da extensão de maturidades em sete anos, em contrapartida do compromisso do Estado numa maior redução da despesa pública”.
Neste contexto, “destacaram-se pela positiva os sectores e empresas mais sensíveis às variações do risco soberano do país”, como os bancos (BPI +12.55%, BES +9.52%, BCP +9.41%), a Mota Engil (+12.38%) e a EDP (+6.88%), resume Jorge Guimarães.