Uma síntese dos maiores riscos que as gestoras nacionais identificam para 2015 e entendem ser necessário monitorizar.
No ano que agora começa os riscos para as economias e para os mercados financeiros chegam de várias frentes e são, na sua maioria, uma extensão de acontecimentos que se desenvolveram no ano passado.
Rússia, Europa, deflação: estes são alguns dos temas “base” nos quais as gestoras nacionais vão centrar atenções e que entendem ser possíveis focos de tensão para os mercados.
Geopolítica a “ferver”
Em termos geopolíticos, a Rússia é de facto apontada no rol de preocupações para 2015. Do Banco Best, por exemplo, era salientado que a problemática que envolve o país combinada com a questão do petróleo pode “ser uma condicionante significativa de curto prazo para os ativos de risco via efeito contágio do sentimento dos investidores”. Igualmente, da Dunas Capital, referenciavam que há que estar atento aos desenvolvimentos da Rússia, mas também à evolução do preço das commodities, nomeadamente o preço do petróleo.
As questões geopolíticas estão de facto na ordem do dia e pode mesmo dizer-se que são a grande questão que assombra o “2015 financeiro”. O reacender das tensões na Ucrânia é outro dos tópicos salientados pelas casas nacionais, ao qual se juntam o agudizar das questões geopolíticas no Médio Oriente, e até mesmo a disputa entre o Japão e a China por territórios.
A ida às urnas no Velho Continente
Do lado da Europa as questões políticas, mais concretamente as eleições marcadas, fazem também parte da lista de temas a que as entidades vão prestar atenção. A ida às urnas na Grécia, Espanha e Portugal causa alguma inquietação, temendo-se pela evolução da popularidade de alguns partidos anti-sistema. Precisamente a este nível, há quem fale num possível aumento da volatilidade, ou na correção de preços dos ativos financeiros.
A ação do Banco Central Europeu não fica de fora. A situação na Europa é uma das prioridades destes agentes financeiros, que falam na necessidade de monitorizar a inflação, e ainda um crescimento económico que fica aquém do esperado. Acompanhar ao pormenor se as medidas adoptadas pelo BCE vão permitir “evitar um cenário de estagflação” é, no caso do Banco Português de Gestão, um dos grandes reptos de 2015.