Quais os fundos de acções que melhor suportaram o ciclo pós-Lehman Brothers?

3681634702_04e1a0509b_b
Ru Tover, Flickr, Creative Commons

Os fundos de acções ganham cada vez mais espaço nas carteiras dos investidores que procuram alternativas de rendimento num cenário de taxas de juro baixas. Neste sentido, a Funds People analisou quais os fundos de acções que melhor ‘performance’ tiveram nas últimas 60 semanas, isto é, no ciclo pós-Lehman Brothers.

O fundo que se destaca com a maior rendibilidade no período (9,57%) é o Montepio Euro Healthcare, segundo dados da APFIPP. Este fundo investe em acções de empresas do sector da saúde, sendo, de acordo com dados da Morningstar, as cinco maiores posições no final de Maio eram Sanofi (9,12%), Roche Holding (8,85%), Novartis (7,44%), GlaxoSmithKline (6,72%) e AstraZeneca (5,56%). Este fundo tem cerca de seis milhões de euros sob gestão.

Nesta análise do retorno obtido pelos fundos de acções nos últimos cinco anos e segundo mostram dados da APFIPP, verifica-se que, apesar da crise se ter iniciado nos Estados Unidos, os fundos de acções américa são, depois do fundo sectorial gerido pela Montepio Gestão de Activos, os mais rentáveis.

Em primeiro lugar surge o Caixagest Acções EUA com uma rendibilidade no período de 8,08%. Seguem-se o Millennium Acções América com 7,93%, o Santander Acções América com 6,80%, o BPI América com 3,42% e o E.S. Acções América com 0,72%. Estes fundos apresentam em comum na carteira acções da Apple. Além deste, outros títulos como a Exxon Mobil Corporation, Microsoft, Well Fargo ou Chevron marcam presença nos portefólios dos fundos que investem no mercado da maior economia do mundo.

Salienta-se ainda que alguns destes fundos apresentam em carteira futuros sobre o S&P e, no caso do Santander Acções América, existem também alguns instrumentos de mercado monetário como bilhetes do Tesouro da República Portuguesa.

Por último, constata-se que os fundos de EUA, embora se tenha vivido um momento económico desafiante, superam os fundos de acções emergentes geridos por entidades nacionais no ciclo pós-Lehman Brothers. No global, a cinco anos, todos estes registam um retorno negativo. A excepção é o Caixagest Acções Oriente que obteve uma rendibilidade de 4,72% nas últimas 60 semanas, de acordo com dados da APFIPP.

No outro extremo, os fundos que tiveram uma ‘performance’ menos positiva nestes últimos cinco anos foram os da categoria acções Portugal que acumulam os piores resultados entre todos os fundos de acções apresentados pela APFIPP. Estes fundos apresentam, em média, um retorno de negativo, nos últimos cinco anos, de 8,21%.