Quais os fundos mobiliários que fecharam 2016 acima dos cem milhões de euros em património?

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swisscan, Flickr, Creative Commons

Já é possível fazer o balanço do ano passado, em relação ao mundo dos fundos mobiliários em Portugal. De acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP - o segmento dos fundos mobiliários, em Portugal, fechou o ano passado com os ativos sob gestão a situarem-se em 11.100 milhões de euros. Este montante representa uma valor mais baixo em cerca de 7%, quando comparado com o final do ano anterior, isto é, um decréscimo próximo dos 800 milhões de euros.

O mercado nacional é composto por 174 fundos mobiliários, sendo que apenas um fechou o ano de 2016 acima dos mil milhões de euros. Trata-se do Caixagest Liquidez que é da responsabilidade da Caixagest. No final do ano passado este fundo, que é Blockbuster Funds People, geria 1.110 milhões de euros. Segundo o prospeto do produto, o Caixagest Liquidez tem como objetivo "proporcionar aos participantes o acesso a uma carteira constituída por ativos denominados em divisa euro, cuja rendibilidade e estabilidade dependem da evolução das taxas de juro de curto prazo, bem como da evolução da qualidade de crédito dos emitentes em carteira".

Também com marca Blockbuster Funds People, vem o segundo maior fundo nacional: o BPI Liquidez. Gerido pela BPI Gestão de Activos, no final do ano passado o fundo tinha um património superior a 902 milhões de euros. Na última ficha de produto disponibilizada, referente ao mês de dezembro, era possível ver que o "BPI Liquidez voltou a ter rentabilidade positiva e registou subscrições líquidas de quase cinquenta milhões de euros no período". No mesmo documento, o gestor referia que "os movimentos da carteira situaram-se essencialmente ao nível da rotação do Papel Comercial e no reforço das posições em dívida pública de curto prazo".

A fechar o top três surge o fundo BPI Monetário Curto Prazo que também é da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Este produto "investe em activos de mercado monetário, denominados em euros, emitidos por entidades com baixo risco de crédito. A carteira do fundo é maioritariamente constituída por activos de maturidade inferior a um ano, proporcionando uma rentabilidade dependente da evolução das taxas de juro de curto prazo", conforme se pode ler no prospeto do fundo, que fechou o ano com um património de 524 milhões de euros.

Com mais de 500 milhões de euros ainda aparecem mais dois fundos: o IMGA Prestige Conservador e ainda o Caixa Fundo Monetário. O primeiro está sob alçada da IM Gestão de Ativos e ostenta dois selos Funds People: o de Consistente e ainda o de Blockbuster. No final do ano o seu património ascendia a 518 milhões de euros, com o seu gestor Pedro Vieira a referir, na ficha mensal do fundo referente a dezembro, que para janeiro as atenções estariam "centradas na tomada de posse de Donald Trump e nas suas primeiras medidas enquanto presidente dos EUA, dado que depois das promessas feitas em campanha o mercado aguarda agora a sua concretização".

O outro fundo é da responsabilidade da Caixagest e tinha, no final de dezembro, mais de 512 milhões de euros em ativos sob gestão. Este fundo, lançado em meados de 2008, investe em "instrumentos do mercado monetário de elevada liquidez, nomeadamente, papel comercial, bem como bilhetes do tesouro, certificados de depósito e depósitos bancários denominados em divisa euro", conforme se pode ler no prospeto do fundo mobliário da Caixagest.

Os fundos com mais de 100 milhões de euros em património

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Fonte: APFIPP no final de dezembro de 2016