Quais os profissionais que mais valor acrescentam na sua gestão

alpha
Gache Wurzn, Flickr, Creative Commons

Segundo mostram os últimos dados da Morningstar, nos fundos de acções Portugal cujo ‘benchmark’ definido é o MSCI Portugal NR USD, os fundos ES Poupança Acções, da responsabilidade de José Valente, o Invest AR Médias Empresas Portugal, cuja equipa gestora é chefiada por Paulo Monteiro e o Barclays FPA, gerido por Francisco Oliveira são os melhores fundos no que refere ao ‘alpha’, uma das medidas de avaliação da ‘performance’ e única que permite identificar a contribuição da alocação de activos nas carteiras.

O ‘alpha’ é, assim, a medida de avaliação da ‘performance’ mais utilizada para medir a contribuição do gestor para o desempenho final do fundo. Nos quinze fundos contemplados na categoria acções Portugal e avaliados relativamente ao índice de referência mencionado, o ‘alpha’ médio é de 10,846%. Este valor corresponde assim à percentagem de ‘outperformance’ da categoria relativamente ao ‘benchmark’ sendo imputado directamente ao gestor do produto uma vez que está associado ao processo e escola de investimento adoptados.  

Verifica-se, desta forma, que o fundo ES Poupança Acções apresenta, de acordo com a análise da Morningstar, um ’alpha’ a um ano, calculado a 30 de Abril, de 16,4%. A rendibilidade obtida por este fundo em igual período é de 36,52%. Em segundo lugar, para o Invest AR Médias Empresas Portugal é calculado um ‘alpha’ de 16% para um retorno de 37,64% e a completar este “triunvirato” o Barclays FPA tem um ‘alpha de Jensen’, a um ano, de 15,9% e uma rendibilidade de 35,4%.  

O índice de referência escolhido para esta categoria de fundos é o MSCI Portugal NR USD que apresenta uma rendibilidade a um ano de 29,45%. Portanto, estes três fundos não só apresentam ‘alphas’ elevados como rendibilidades claramente acima do ‘benchmark’.

Salienta-se que mesmo quando incorporados na lista total de fundos de acções, o resultado destes três fundos de acções Portugal continua a destacar-se pela positiva. Claramente, se evidencia uma contribuição muito positiva da componente de gestão activa e do trabalho desenvolvido pelos profissionais no sentido de superar o respectivo índice de referência, oferecendo aos investidores produtos com maior risco mas cuja rendibilidade é compensatória.