A cada três anos o Bank of International Settlements (BIS) publica um relatório no qual analisa o volume negociado no mercado de divisas.
O Bank of International Settlements (BIS) acaba de publicar o seu relatório trianual sobre o mercado de divisas e derivados de taxas de juro, com o objetivo de mostrar o volume negociado neste mercado. E se há tónica em cada uma das publicações que o BIS publicou a este respeito desde 1984 é o que aponta que o volume negociado no mercado de divisas continua a crescer.
“A primeira coisa que é preciso destacar dos resultados obtidos é que a operação nos mercados de divisas continua a bater recordes, com um volume médio diário de 6,6 biliões de dólares (5,1 biliões, três anos antes).
Outra das conclusões que o estudo demonstra, realizado no mês de abril e, portanto, no meio de uma crise comercial entre os EUA e a China, que muitos apontavam que derivaria numa guerra de divisas, é que o dólar continua a ser a divisa mais negociada no mundo. Em concreto, a moeda norte-americana foi o protagonista em 88% de todas as operações. Um número muito superior ao que registaram as outras duas divisas mais negociadas, o euro, presente em 32% das operações, e o yen, em 17%, após registar uma queda de cinco pontos percentuais comparativamente ao último inquérito de 2016.
Quanto às divisas emergentes, é de sublinhar que estas ganharam quota de mercado até alcançar 25% do volume de negociação mundial, apesar de a divisa emergente que mais atenção alcançou nos últimos anos, o renminbi, não ter subido nem um único lugar no ranking de divisas mais negociadas: continua a ocupar a oitava posição, logo depois do franco suíço. A divisa que teve uma forte subida foi o dólar de Hong Kong. O seu volume de negociação aumentou mais do dobro em relação a 2016. Deixando a divisa no nono lugar do ranking global, quatro postos acima do que tinha registado em 2016.