“Quarteto de ataque” nos fundos de curto prazo

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Andres Rueda, Flickr, Creative Commons

Eram anteriormente conhecidos como fundos de tesouraria e agora são conhecidos como fundos de Curto Prazo. Apesar da mudança de designação, este segmento continua a juntar todos os produtos que investem em “ativos de elevada liquidez, sendo que mais de 50% dos ativos em carteira devem ter prazo de vencimento residual inferior a 12 meses”, segundo a definição da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP. A categoria é composta por uma dezena de produtos, que no final de agosto geriam um património de quase 1.100 milhões de euros, sendo a quarta maior categoria nacional.

De todos os fundos que compõem o segmento, existem quatro que superam a barreira dos 2% de ganhos anualizados ao longo dos últimos cinco anos, à data de 19 de setembro. A liderança é ocupada pelo Banco BIC Tesouraria denominado em euros e que regista ganhos superiores a 3% no período em análise. O fundo é gerido na Dunas Capital por Pedro Alves e Pedro Fernandes e gere mais de 20 milhões de euros. Em termos de ativos em carteira, o maior destaque vai para os títulos de dívida corporativa. O fundo é classificado pela Morningstar como cinco estrelas e investe em “instrumentos de baixa volatilidade e de curto prazo, designadamente depósitos, BT's, papel comercial, obrigações e outros instrumentos de dívida. O Fundo detém em permanência,  no mínimo, 50% do seu Valor Líquido Global em ativos com uma maturidade inferior a 12 meses.”, como se pode ler no prospeto do fundo.

Com uma evolução anual de 2,39% nos últimos cinco anos, vem o Banif Euro Tesouraria. Sob alçada da Banif Gestão de Activos, o fundo geria mais de 2,5 milhões de euros no final do mês de agosto. Em termos de investimento, cerca de um terço da carteira está aplicada em dívida soberana nacional.

Logo depois vem o fundo NB Tesouraria Ativa que é da responsabilidade da GNB Gestão de Ativos. Os dados mais recentes mostram que o património sob gestão do fundo ascende a mais de 53 milhões de euros, com as obrigações corporate a representarem quase 60% do total investido. Na ficha mensal do produto, referente a agosto passado, mostra-se que foram duas as situações que ajudaram o fundo. Por um lado a “exposição a ativos do sector financeiro” e por outro “a dívida pública de curto prazo”.

Existe, ainda, mais um produto que se destaca em termos de rendibilidade, por apresentar ganhos anualizados superiores a 2%. Trata-se do Popular Tesouraria que é gerido pela Popular Gestão de Activos. No final de agosto o seu património tocava os 25 milhões de euros com a maior posição em carteira a ir para um depósito a prazo no Banco Popular.

Os fundos de curto prazo a cinco anos

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Fonte: APFIPP a 16 de setembro.