O período entre o final do ano passado e o último dia do mês de novembro tem sido movimentado no que toca aos mercados financeiros. Os dados disponibilizados pela Morningstar, através da sua plataforma online, mostram que nesse período a rendibilidade média dos fundos de investimento em Portugal atinge pouco mais de 2%.
Quando a análise incide apenas nos melhores fundos de cada entidade portuguesa, a valorização média nos primeiros onze meses do ano sobe para 12,14%.
Das quinze entidades presentes no mercado local de fundos de investimento, o fundo mais rentável investe no país do sol nascente e já é um nome bem conhecido nestas análises. Trata-se do Caixagest Acções Japão. Gerido pela Caixagest, o produto atinge uma rendibilidade de 28,30% nos primeiros onze meses de 2015, sendo o fundo que lidera o ranking semanal publicado pela APFIPP que enumera os fundos mais rentáveis a doze meses.
Logo depois vem o Montepio Euro Telcos, que é o fundo mais rentável da Montepio Gestão de Activos. No período analisado a sua valorização é de 19,4%, tendo sido durante alguns meses o fundo que liderava o ranking semanal da APFIPP. Investe nas maiores empresas europeias de telecomunicações, como é o caso da Vodafone ou da Deutsche Telekom.
Investimento em Portugal dá frutos
Dos fundos restantes, quatro investem no mercado nacional. Desse quarteto que investe em Portugal, o fundo com melhor performance é o IMGA Acções Portugal que é gerido por Nuno Marques da IM Gestão de Ativos. No período analisado a rendibilidade do produto atinge mais de 18,51% com os maiores investimentos em carteira a serem realizados num futuro sobre o PSI-20, além das cotadas BCP, Sonae SGPS ou NOS. Na revista 10 publicada pela Funds People, Nuno Marques sobressaía alguns factores na hora de escolher uma empresa para a sua carteira, como por exemplo a “liquidez transacional e o free float”, além de outros factores de seleção, como as “especificidades operacionais de cada empresa que se refletem nos resultados”, e ainda a “qualidade do balanço”.
O segundo fundo mais rentável dos que investem em Portugal é o Banif Acções Portugal, da Banif Gestão de Activos, que atinge ganhos de 16,85%. No final de outubro o seu património ascendia a mais de 5 milhões de euros com os maiores investimentos a serem realizados na Altri, EDP Renováveis e Sonae SGPS, compondo ainda a carteira um futuro sobre o PSI-20.
Com 17,63% surge o BPI Poupança Acções da BPI Gestão de Activos. Trata-se de um fundo PPA que de acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – são “Fundos que financiam Planos Poupança em Acções (PPA) de acordo com o Decreto-Lei n.º 204/95, de 5 de Agosto”. Esse Decreto-Lei especifica que os PPA apenas podem investir em “acções e títulos de participação cotados em bolsa de valores nacional”; em “unidades de participação em fundos de investimento mobiliário cujo património seja constituído por um mínimo de 50% de acções cotadas em bolsa de valores nacional”; e ainda em “numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações no mercado monetário interbancário”. Ou seja, a região de investimento é idêntica à dos fundos de ações nacionais.
Com investimento directo em ações nacionais surge ainda mais um produto: o Invest AR Médias Empresas, da Invest Gestão de Activos, com uma rendibilidade de 14,26%.
Investimento pelo mundo fora
Com o investimento fora de Portugal surgem os fundos Popular Acções da Popular Gestão de Activos, o Optimize Europa Valor da Optimize Investment Partners e ainda o CA Acções Europa da CA Gest. O primeiro com ganhos de 15,14%, enquanto o da Optimize regista 12,02%. Já o fundo da CA Gest atinge uma valorização de 5,89%.
Com investimento nos Estados Unidos da América surge apenas um produto. Trata-se do Santander Acções América que é gerido por Diogo Pimentel da Santander Asset Management. Nos primeiros onze meses do ano regista uma rendibilidade de 13,45%, sendo seguido do NB Momentum da GNB Gestão de Ativos com 12,3% de rendibilidade. Este fundo tinha, no final de outubro, mais de metade da carteira investida na América do Norte.