Os sete fundos mobiliários que a viram a luz do dia no ano passado são maioritariamente flexíveis. Saiba como tem sido a sua evolução este ano.
No ano passado foram apenas 7 os fundos mobiliários que "nasceram" em Portugal. Tratam-se na sua maioria de fundos flexíveis, que integram gamas de produtos perfilados, com objetivos de investimento que se adaptam aos perfis de risco/retorno de cada investidor.
Hoje, damos-lhe conta da evolução destes produtos no ano de 2016. Os fundos BPI Agressivo, BPI Dinâmico e BPI Moderado foram lançados em julho do ano passado, adequando-se aos diferentes perfis de risco dos clientes. Eduardo Monteiro, head of Discretionary Portfolio of high net worth individuals (HNWI) explicava na altura à Funds People que estes tinham nascido a partir do sucesso dos seguros capitalização geridos de acordo com o perfil de risco.
Risco entremédio: mais requisitado
Dos três fundos da gama da BPI Gestão de Activos, aquele que maior nível de captações líquidas conseguiu no período foi o BPI Moderado, produto que permite, segundo o seu IFI, uma percentagem máxima de alocação a obrigações de taxa fixa de 80%, podendo alocar, no máximo, 50% a obrigações de taxa variável. No primeiro trimestre do ano, o fundo conseguiu 10,9 milhões de euros de entradas líquidas, somando, no total, um volume sob gestão de 162,2 milhões de euros de ativos sob gestão no final de março. Em termos de sectores o fundo apresenta uma maior exposição a Indústrias (17,89%), seguindo-se a alocação a serviços financeiros (16,61%).
O BPI Dinâmico, por seu turno, apresentou no trimestre um volume líquido de captações de 265 mil euros, enquanto no caso do BPI Agressivo o saldo entre subscrições e resgates foi negativo na ordem dos 2.500 euros.
Na mesma lógica de investimento, em novembro a Optimize IP lançava também três fundos flexíveis. Também neste caso foi no “meio” que residiu a virtude. O Optimize Selecção Base que “investe em média entre 45% a 65% do seu valor líquido global em fundos de ações e o restante em fundos de obrigações” e cujo “investimento em fundos de ações representará no máximo 75% e no mínimo 0% do seu valor líquido global”, captou em termos líquidos 3,9 milhões de euros em 2016. Mais modestas foram as subscrições conseguidas pelos dois ‘congéneres’ de gama: o Optimize Selecção Agressiva nos três meses de 2016 arrecadou 661 mil euros, enquanto que o Optimize Selecção Defensiva, ficou-se pelos 353 mil euros de fluxos líquidos.
O fundo da Caixagest lançado também ele em novembro conseguiu em 2016 um saldo líquido de 9,4 milhões de euros. O Caixagest Seleção Global Defensivo já soma 21 milhões de euros de ativos sob gestão investindo grande parte do seu património em outros fundos (91,40%).