O montante aplicado, contudo, continua a aumentar a taxas homólogas superiores a 3,5%. Considerando o efeito da inflação na rentabilidade real do dinheiro aplicado em depósitos é certo que os portugueses estão a perder poder de compra.
Dados divulgados pelo Banco de Portugal mostram que os depósitos de particulares em bancos residentes totalizavam 151,2 mil milhões de euros no final de janeiro. Este valor reflete uma taxa de variação anual de 4,2%, mais 0,5 pontos percentuais do que o observado em dezembro.
Esta variação interanual positiva acontece muito embora as taxas de remuneração dos novos depósitos se mantenham em mínimos. Mais especificamente, a taxa de juro média dos novos depósitos até um ano de particulares foi de 0,07%, não se alterando face a dezembro, mas cifrando-se em 50% da remuneração verificada no mesmo período do ano anterior.
Num artigo recente publicado pela FundsPeople, falava-se da grande confiança que as famílias continuam a ter nos depósitos. No final de 2018, mais de 45% do património financeiro destes agregados estava alocado a moeda e depósitos, o que em termos numéricos cifrava mais de 182 mil milhões de euros. Considerando o efeito da inflação na rentabilidade real do dinheiro aplicado em depósitos é certo que os portugueses estão a perder poder de compra. Como explicar aos clientes que continuar a investir em depósitos implica estar a perder dinheiro? A FundsPeople responde.