No final de 2021, o resultado líquido aumentou 28,5% face ao período homólogo. O crescimento nas comissões de gestão de ativos, nos ativos distribuídos e nos ativos sob gestão são alguns destaques.
O Millennium bcp apresentou os seus resultados relativos a 2021 onde está patente um resultado líquido do grupo de 138,1 milhões de euros em 2021. Um valor “influenciado por encargos de 532,6 milhões de euros associados à carteira de créditos em francos suíços concedidos pela subsidiária na Polónia, por itens específicos de 90,7 milhões de euros (essencialmente custos com o ajustamento do quadro de pessoal) em Portugal e por contribuições obrigatórias para o setor bancário em Portugal de 56,2 milhões de euros”. Na atividade em Portugal, o resultado líquido foi de 172,8 milhões de euros (+28,5% face a 2020).
No último ano, as comissões líquidas cresceram 7,6% face aos 676,6 milhões de euros registados em 2020. Totalizaram no final de 2021 mais de 727 milhões de euros. A atividade internacional foi a que mais contribuiu (9,4%), o que compara com o aumento da atividade em Portugal (6,8%).
Já as comissões "relacionadas com o mercado", na atividade em Portugal, cresceram 8,44% para 82,2 milhões de euros no final de 2021. "O crescimento verificado decorreu do desempenho das comissões associadas à gestão e distribuição de ativos, devido sobretudo à atividade de distribuição de fundos de investimento de terceiros, mas também ao crescimento das comissões de gestão de carteiras".
Recursos do grupo
Os recursos totais de clientes subiram 9,5% para 90.097 milhões de euros no final de 2021. A evolução reflete o “desempenho positivo quer da atividade internacional, quer principalmente da atividade em Portugal, em ambos os casos tanto no que respeita aos recursos de balanço, como aos recursos fora de balanço”.
No que diz respeito ao crescimento dos depósitos, a entidade afirma que este se “traduz uma maior propensão para a poupança por parte das famílias portuguesas, em parte devido ao sentimento de insegurança desencadeado pela crise pandémica, que paralelamente levou também ao adiamento de algumas decisões de consumo de bens duradouros”.
Os recursos de clientes fora de balanço, por sua vez, evoluíram de 18.180 milhões de euros em 2020 para 18.922 milhões em 2021, impulsionados pelo aumento quer dos ativos distribuídos (22,6%), quer dos ativos sob gestão (22,5%), embora a redução registada nos seguros de poupança e investimento (18,5%) tenha absorvido parcialmente esse aumento.
Fundo de pensões
Relativamente ao fundo de pensões da instituição financeira, vemos que o comportamento da carteira de investimentos durante o último ano se traduziu numa rentabilidade de 1,92%.
A taxa de desconto também se alterou, de 1,05 para 1,35%, refletindo, segundo o banco, a subida das taxas de mercado registadas no último ano. O ano terminou assim com uma cobertura das responsabilidades na ordem dos 106%, superior àquela com que terminou 2020. Este nível de cobertura, segundo a entidade, “permite absorver impactos adversos no mesmo até 202 milhões sem impacto nos rácios de capital”.
A 31 de dezembro de 2021, o fundo apresentava a seguinte alocação: as obrigações eram o ativo com maior peso (35%), seguidas dos fundos mobiliários (32%), imóveis (15%), ações (11%) e ainda aplicações bancos e outros (5%).