Ruffer Total Return International: um fundo misto que procura um comportamento muito semelhante às estratégias de retorno absoluto

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Jacques Hirsch e Alex Lennard. Créditos: Cedida (Ruffer)

O Ruffer Total Return International é um fundo misto flexível com 28 anos de história, filosofia long only e viés global macro, que este ano desfruta do Rating FundsPeople+. Gerido desde 2011 por Jacques Hirsch e Alex Lennard, este fundo da Ruffer combina na carteira quatro tipos de ativos: ações, obrigações, ouro e coberturas. Tudo isto com o objetivo de conseguir um comportamento muito semelhante às estratégias de retorno absoluto.

“Baseando-nos numa abordagem top-down de longo prazo, o nosso objetivo é antecipar o próximo elemento disruptivo que irá corrigir os mercados, para assim nos protegermos dele. Uma vez definido, procuramos uma construção da carteira mais tática, gerindo ativamente tanto a duração como as divisas subjacentes, de modo a não perder dinheiro no curto e médio prazo”, explicam os gestores da estratégia à FundsPeople.

O objetivo do fundo sempre foi tentar não perder dinheiro em períodos rolling de 12 meses e dar um retorno anualizado de, pelo menos, o dobro da taxa sem risco. A duração da carteira de obrigações é, atualmente, de três anos, tudo soberano em obrigações com investment grade.

Posicionamento atual

Visão de mercado

A visão a longo prazo dos gestores pode ser resumida como um contexto em que a inflação vai ser estrutural e vai estar presente muito mais tempo do que o mercado desconta. “Isto vai implicar taxas nominais obviamente mais elevadas e durante mais tempo do que estamos habituados, o que a dada altura resultará numa sensação de falta de liquidez no sistema que deverá corrigir os ativos de risco”, avisam.

Até que isto se materialize, garantem que vamos viver num contexto de “volatilidade de inflação”, alternando ligeiras subidas com quedas que darão origem a períodos de complacência, como o atual, com períodos de ligeiras correções. “Assim, neste momento, mantemos uma posição estruturalmente defensiva, mas na qual temos aumentado taticamente os ativos de risco”, concluem.