Verão combina com chinelo no pé, mas também com uma boa exposição. A Fundação EDP inaugura na próxima sexta-feira, dia 26, não uma, mas duas exposições que não pode de certeza deixar escapar.
1915, o ano de Orpheu
Em 1915 são publicados os dois números da revista, que esgotaram num instante e suscitaram uma irritação geral. Os colaboradores da revista – entre eles Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Almada Negreiros – orgulham-se de ser chamados “paranóicos”. Em Portugal, a modernidade artística e literária começa com um enorme escândalo público.
De que forma podemos mergulhar no cenário complexo e fascinante que fez surgir o modernismo em Portugal? Como relatar a atmosfera sombria em que uma guerra violenta começa a espalhar-se pelo mundo? São estas perguntas que guiam a exposição “1915 – O ano do Orpheu”.
Posto de trabalho, de Valter Vinagre
As fotografias em “posto de trabalho” não mostram gente, mas é de gente que falam. Revelam espaços e construções de aspecto efémero que abrigam e ocultam uma atividade laboral subterrânea. Através delas, o fotógrafo procura falar da prática de prostituição numa das suas vertentes – talvez a mais dura, perigosa e menos digna para as suas trabalhadoras e clientes. A série “Posto de trabalho” foi realizada em Portugal nos anos de 2010 e 2013.
Ambas as exposições podem ser visitadas até dia 20 de setembro.