Santander AM e BPI Gestão de Activos lideram captações nos fundos de ações em junho

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ARNAUD_Z_VOYAGE, Flickr, Creative Commons

A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) já divulgou o relatório mensal relativo ao mês de junho nas diferentes categorias de fundos de investimento. Com base nos últimos três meses – abril, maio e junho - denota-se que houve um claro crescimento gradual no que toca ao total de fluxos líquidos para os fundos de ações. Feitas as contas, no mês de junho esta categoria de fundos captou um total de cerca de 25,6 milhões de euros, um aumento de cerca de 17 milhões de euros face ao mês de maio.

Ainda assim, apesar do bom resultado registado, as subscrições conseguidas individualmente por cada um dos fundos de ações representaram valores relativamente baixos, sendo que apenas um fundo conseguiu captações na casa dos milhões de euros. Elaboramos, assim, um top 5 com os fundos com captações superiores a 200 mil euros nesta categoria. Novamente, tal como em abril e maio, a gestora Santander Asset Management lidera com dois fundos nos dois primeiros lugares, cabendo à BPI Gestão de Activos os lugares seguintes.

O primeiro, Santander Asset Europa, foi o fundo de ações que mais captou no mês em questão, com cerca de 4,4 milhões de euros. Segundo o comentário do gestor, José António Montero, o produto “fechou o semestre apresentando retornos positivos em todos os prazos, muito embora a performance do fundo tenha sido penalizada no passado mês de junho. O deslize da cotação está relacionado com o ambiente contracionista presente atualmente nos mercados financeiros, fruto da alteração do discurso por parte dos bancos centrais quanto aos estímulos monetários à economia”.

Logo atrás, novamente mais um fundo da gestora, Santander Ações América, a registar entradas líquidas no valor de quase 500 mil euros, uma discrepância bastante significativa face ao primeiro fundo. Segundo Luis Beamonte, “os retornos de curto-prazo do fundo agravaram-se, fruto de uma desvalorização do dólar norte-americano face ao euro. A evolução entre as duas divisas resulta de dois fatores: alteração da abordagem quanto à política monetária levada a cabo pelos bancos centrais; e estabilização do panorama político na Zona Euro”.

O terceiro lugar deste ranking vai para o fundo BPI Ásia Pacífico, da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Com um património avaliado em 5,58 milhões de euros, o fundo captou quase 370 mil euros. “Apesar do final de semestre menos positivo para os mercados acionistas, os índices MSCI Asia Pacific excluding Japan e MSCI Asia Pacific TR Gross registaram retornos de 2.3% e 2.2%, respetivamente, destacando-se Ásia Pacífico como uma das regiões com melhor desempenho no mês e na primeira metade do ano”, segundo a ficha de produto.

Seguidamente, a gestora aparece de novo com mais um fundo, desta vez o BPI Europa, com subscrições de quase 300 mil euros. De acordo com a ficha de produto, “os mercados europeus sofreram uma forte correção no final do segundo trimestre de 2017 com quedas a rondar os 3%. Apesar de a queda ter sido generalizada, a pressão vendedora foi mais sentida nas bolsas que tinham obtido os maiores ganhos desde o início do ano”.

O último lugar deste top vai novamente para a BPI Gestão de Activos, com o fundo BPI Ibéria a registar cerca de 270 mil euros em fluxos líquidos. Com um volume sob gestão de 6,53 milhões de euros, segundo o comentário do gestor, “em junho, os mercados europeus corrigiram os ganhos dos meses anteriores sendo que o principal motivo foram as declarações do presidente do BCE, que começou a dar sinais de uma possível reavaliação da política monetária, abrindo a porta a uma redução dos estímulos após ter dito que a ameaça de deflação já não existe. Os mercados ibéricos não foram exceção e também registaram quedas, apesar das notícias positivas que têm sido publicadas sobre ambos os países”.

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