Com esta operação o Banco recupera 100% da gestora. Para além disso, anuncia que vão procurar distintas alternativas para vender a sua participação no Allfunds Bank.
O Santander acaba de alcançar um acordo com a Warburg Pincus e a General Atlantic para adquirir a estas entidades de capital de risco a sua participação de 50% na Santander Asset Management, voltando a gestora de ativos a ser uma unidade 100% do Grupo Santander.
Como parte da operação, o Santander, a Warburg Pincus e a General Atlantic acordaram explorar distintas alternativas para a venda da sua participação no Allfunds Bank, incluindo uma possível venda ou uma dispersão do capital em bolsa, anuncia a Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV). Tanto a Santander AM como o Allfunds Bank são lideradas por Juan Alcaraz, CEO de ambas as entidades.
O Santander Asset Management gere 170.000 milhões de euros e tem uma posição de liderança em 11 países na Europa e na América Latina. O negócio de gestão de ativos representa 1.100 milhões de receitas anuais para o grupo, valor que o Santander quer potenciar reforçando a gama de produtos.
O Grupo Santander estima que em 2018 a operação contribuirá para o seu lucro por ação (mais de um 1%) e gerará um return on invested capital (RoIC) superior a 20% (e 25% em 2019). O Grupo Santander também estima que no final de 2017 o impacto negativo no seu capital (core equity tier 1) da operação será de aproximadamente 11 pontos base. Todas as estimativas são líquidas do efeito da previsível venda de 25,25% de participação indireta que o Grupo Santander possui no Allfunds Bank. A operação está sujeita à obtenção das autorizações regulatórias correspondentes.
A não fusão com a Pioneer
Em maio de 2013, o Santander vendeu 50% do Santander AM a estas duas entidades de capital de risco norte-americanas. Nessa altura, o objetivo era conseguir que em cinco anos (perto de 2018) a gestora de ativos dobrasse o seu património sob gestão, dos cerca de 150.000 milhões de então até ao nível dos 300.000 milhões; outro dos objetivos era criação de uma gestora global que competiria com as grandes gestoras internacionais. Posteriormente, em setembro de 2014, o Santander iniciou negociações exclusivas com UniCredit para fundir o Santander AM e a Pioneer, uma negociação cujo acordo vinculante foi alcançado em novembro de 2015.
A operação acabou por ser cancelada no passado mês de julho, devido à impossibilidade de cumprir com os requisitos regulatórios exigidos num período razoável de tempo.