Os dados do inquérito sobre mercados privados da Goldman Sachs revelam que 64% dos investidores e gestores continuam interessados em ativos alternativos, apesar do abrandamento na captação de fundos.
A Goldman Sachs lançou uma nova edição do seu Inquérito sobre Mercados Privados realizado junto de mais de 200 investidores institucionais e gestores de fundos, que mostram um maior otimismo quanto às oportunidades de investimento alternativo do que há um ano. 64% dos inquiridos considera que as condições de investimento melhoraram, enquanto 22% afirma que essas condições se estão a estabilizar.
Do ponto de vista dos investidores, o inquérito mostra que uma elevada proporção ainda está subponderada na maioria das estratégias de ativos alternativos e está a aumentar as alocações.
Do ponto de vista dos gestores, entre as conclusões está a dificuldade de levantar novos fundos ou a entrada de novos atores no mercado, visto que os investidores institucionais aplicam como principal critério de avaliação o historial dos gestores.
No inquérito, realizado durante os passados meses de junho e julho, os inquiridos declararam que as suas maiores alocações médias eram as seguintes:
- Aquisições (12,2%)
- Crédito privado (10.1%)
- Imobiliário (9,6%)
- Infraestruturas (6,4%)
- Crescimento (5,1%)
- Secundários (5,1%)
- Venture Capital (3.9%)
- Oportunistas/Distressed (2,6%)
No entanto, as áreas mais subponderadas que os investidores inquiridos destacam são:
- Co-investimentos (51%)
- Oportunistas/Distressed (46%)
- Infraestruturas (44%)
- Venture Capital (41%)
Entre as áreas em que esperam aumentar as alocações nos próximos dois ou três anos, destacam os co-investimentos (59% dos inquiridos pensa fazê-lo). Os investimentos secundários ocupam o segundo lugar (48%), seguidos do crédito privado (46%), do capital de risco (41%), das infraestruturas (40%) e dos investimentos oportunistas ou distressed (40%).
Opções de liquidez
Embora a maioria dos gestores de fundos continue a considerar que a saída total através da venda de ativos é a via mais provável para obter liquidez no próximo ano, muitos investidores conformam-se com uma saída mais lenta, em vez de recorrerem ao mercado secundário.
As linhas de subscrição tornaram-se um instrumento habitual para gerir a liquidez: 72% dos gestores esperam utilizá-las no próximo ano. Para gerar liquidez intermitente, os empréstimos NAV e as formas preferenciais de financiamento de fundos continuam a ser menos utilizados (16% cada um).
Olhando para os próximos cinco anos, 33% dos inquiridos espera que a inteligência artificial (IA) e a ciência de dados sejam os principais motores da evolução do investimento alternativo. Segue-se a expansão do acesso ao público de retalho (20%) e as alterações no ciclo económico (16%).