Alternativos ganham peso na comercialização de fundos estrangeiros em Portugal

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A CMVM reconhece a relevância que os fundos de investimento estrangeiros têm vindo a ganhar no mercado português. No Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários de 2018, a entidade reguladora diz isso mesmo: “Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários estrangeiros autorizados a ser comercializados em Portugal têm vindo a ganhar importância no mercado nacional”. Após seis anos consecutivos de aumento, o valor colocado por OICVM estrangeiros comercializados no mercado português diminuiu 2,7%, ascendendo a cerca de quatro mil milhões de euros.

“O número de OICVM e de sub-fundos comercializados teve uma redução marginal, e as subscrições líquidas de resgates atingiram cerca de 150 milhões de euros em 2018. Assim, é exclusivamente o efeito preço, associado à forte queda das cotações ocorrida no quarto trimestre, que explica a redução do valor colocado junto dos investidores em Portugal”, comenta o regulador.

Classes de ativos

Já a distribuição por classe de ativos tem mostrado tendências muito marcadas ao longo dos últimos anos. Embora os de obrigações e mistos representem cerca de 60% do valor colocado em Portugal, observamos que os montantes investidos em fundos alternativos subiram para uma ponderação superior a 20%.

A CMVM dá conta também que o valor médio investido por participante era de 17,5 mil euros no  final do ano, “superior em mais seis mil euros ao correspondente para os fundos nacionais”.

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