Último leilão de bilhetes do tesouro com ligeira subida de taxas

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Sergio Calleja, Flickr

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) foi ao mercado sta quarta-feira, dia 16 de maio, emitir 1.750 milhões em dois leilões de Bilhetes do Tesouro, a seis meses e a doze meses.

A emissão de bilhetes do tesouro a seis meses ocorreu com uma taxa negativa de 0,351% que compara com taxa negativa de 0,44% da última emissão comparável. Foram emitidos 500 milhões de euros, e a procura cifrou-se em 1,73 vezes a oferta. No prazo mais longo, 12 meses, a taxa conseguida também foi ligeiramente menos negativa do que a alcançada no leilão anterior - negativa em 0,272%, o que compara com taxa negativa de 0,31% da emissão anterior. Neste caso foram emitidos 1.250 milhões de euros e a procura foi 1,65 vezes a oferta.

Filipe Silva, Diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, afirma que conseguiram colocar o montante que pretendiam, embora a taxas tenham sido "ligeiramente menos negativas do que nas emissões anteriores"- No entanto, acrescenta que “esta ligeira subida de taxas (e do custo do endividamento) está em linha com a subida na curva da dívida soberana europeia, tanto na dívida curta como na dívida longa.” Este conclui o seu testemunho, afirmando “que as taxas das emissões portuguesas não são tão negativas quanto as dos nossos pares europeus pelo que os investidores mantêm o interesse. Daí também os dados sobre a procura que não esteve mal.”