Tecnologia, ambiente e ações: o panorama dos mais subscritos em outubro

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Créditos: Yiorgos Ntrahas (Unsplash)

Em outubro, a tecnologia e o ambiente foram os temas que continuaram a dominar os fundos mais subscritos pelos investidores do Banco Best e Banco Carregosa.

No caso do Banco Best, Rui Castro Pacheco, diretor central da entidade, começa por resumir que “pelo terceiro mês consecutivo, mantemos sete fundos de ações no Top”. Para além destes, é também possível encontrar “uma solução mais conservadora, com um fundo imobiliário, e duas intermédias, com dois fundos multiativos”, revela. O profissional relembra que, relativamente às soluções mais conservadoras, são “três opções já verificadas nos meses anteriores”.

O fundo imobiliário trata-se do Property Core Real Estate Fund, gerido pela Square AM. Rui Castro Pacheco explica que “para os investidores mais conservadores, e que podem suportar o período de imobilização de 12 meses, o fundo tem mostrado ser uma boa opção, ao manter a sua performance superior a 2,5% com a volatilidade abaixo dos 1%”. Relativamente aos multiativos, encontramos o Acatis Gané Value Event e o MFS Prudent Wealth. Duas opções que já parecem escolhas habituais nesta entidade. O produto gerido pela Acatis, por sua vez, é “um fundo 5 estrelas na Morningstar com uma boa relação de risco/retorno para investidores que aceitem um risco mais agressivo, dentro dos multiativos”, esclarece Rui Castro Pacheco. Já a estratégia gerida pela MFS, nas palavras do profissional, adequa-se a perfis de risco mais conservadores.

Obrigações? Presentes!

No Banco Carregosa, a lista de fundos também reflete parte da preferência pelos temas tecnologia e ambiente. São principalmente fundos de ações que dominam o Top 10, contudo, do lado desta entidade, os fundos de obrigações também marcam a sua presença.

Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de fundos da entidade, afirma que “embora haja uma continuidade de alguns temas nos fundos mais subscritos, no passado mês de outubro observou-se um regressar da tomada de risco com o retorno de fundos temáticos e de dois fundos de ações americanas que costumam ter um elevado tracking error, em especial o Morgan Stanley US Growth”.

Segundo o profissional, este retorno da tomada de risco fez-se também sentir no que diz respeito à classe obrigacionista, com um fundo high yield (o BGF European High Yield Bond) e um unconstrained (o PIMCO GIS Income Fund).

À semelhança do Banco Best, no Banco Carregosa os investidores também continuaram a escolher um fundo imobiliário. A diferença é que se trata do fundo VIP, gerido pela SILVIP. Esta é uma escolha que, efetivamente, tem vindo a estar constantemente nos Top 10 do lado desta entidade.

No conjunto das duas entidades, observamos cinco fundos ligados à tecnologia e quatro ligados ao ambiente. Por classes de ativos, as ações, uma vez mais, dominam.

Fundos mais subscritos de outubro de 2021

Banco BestSelo FundsPeople 2021Banco CarregosaSelo FundsPeople 2021
BlackRock World TechnologyABCPIMCO GIS Income FundBC
Property Core Real Estate FundNordea 1 - Global Climate and Environment FundB
Schroder Global EnergyMorgan Stanley Investment Funds - US Growth FundAB
Nordea Global Climate and EnvironmentBFundo VIP
MFS European ValueABCBNY Mellon Long-Term Global Equity FundB
Franklin TechnologyBBGF Continental European Flexible Fund B
MFS Prudent WealthABCPictet - RoboticsB
Acatis Gané Value EventABCFidelity Global Technology FundB
BlackRock Next Generation TechnologyBBGF European High Yield Bond
BlackRock World EnergyMorgan Stanley Investment Funds - US Advantage FundAB
Fonte: Informação cedida pelas entidades.

Os mais resgatados

Entre as estratégias mais resgatadas, do lado do Banco Best, Rui Castro Pacheco refere que “não é possível indicar uma tendência mais marcada”. Justifica ao dizer que “os níveis de resgates, para além de terem sido pouco significativos, foram dispersos por vários setores e geografias”.

Uma abordagem que vai no mesmo sentido que o comentário do profissional Tiago Gaspar. “Este mês é me difícil tecer algum comentário, uma vez que não há um padrão ou denominador comum: foram resgatados multiativos, obrigações investment grade e high yield, ações europa e EUA e ainda fundos de ações temáticos (tecnologia, marcas e multitemático)”, revela. Conclui ao referir que especula que “a motivação de resgate se prenda com ajustes/rebalanceamentos ao portefólio sem alteração de posicionamento”.