Temáticos lideram as subscrições do mês de julho

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Créditos: Joshua Rawson-Harris (Unsplash)

Julho foi um mês ainda mais calmo comparativamente com junho no que toca a transações. É assim que Tiago Gaspar, responsável pela análise e seleção de fundos do Banco Carregosa, começa por caracterizar o mês passado em termos de subscrições. Para os principais índices dos EUA, julho foi, de facto, positivo. No entanto, para a Europa, o cenário foi mais incerto. Ainda assim, “continua a haver uma preferência por fundos que tenham um estilo de investimento em torno de qualidade, na Europa e globo”, assinala o profissional do Banco Carregosa.

Contudo, ainda mais incerto e penalizador foi o cenário para a região asiática, principalmente para a China. Talvez por isso não encontremos nenhum fundo exclusivamente exposto a essa região no Top 10 de fundos mais subscritos no mês de julho.

De facto, do lado do Banco Best, o ranking é dominado por fundos de ações, com, nomeadamente, oito presenças. Dois fundos alternativos fecham o Top "que passam por um fundo imobiliário e outro multiativo", começa por apresentar Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da entidade.

Relativamente ao fundo de investimento imobiliário que está presenta no ranking, já nos habituámos à sua presença entre os produtos de investimento mais subscritos dos investidores do Banco Best. Desde janeiro de 2021 que o fundo consta entre os 10 fundos mais subscritos de cada mês. Falamos do Property Core Real Estate Fund que, segundo o profissional do Banco Best, está “perto de completar o seu primeiro aniversário e numa fase de investimento onde tem tido alguma liquidez na carteira, o fundo está próximo de atingir os 2% de retorno com uma volatilidade muito controlada”.

Mas é o Acatis Gané Value Event que continua a ser o fundo multiativo preferido por parte dos clientes do Banco Best. “É um fundo cinco estrelas na Morningstar e tem conseguido uma boa relação de risco/retorno”, assinala Rui Castro Pacheco.

Identicamente, também do lado do Banco Carregosa, o Top 10 é dominado por fundos de ações, com o mesmo número de presenças que no Banco Best (oito). Um fundo de investimento imobiliário aberto também consta no ranking, no entanto, desta vez falamos do SILVIP Fundo VIP. Por sua vez, do lado desta entidade, o único fundo alternativo que os investidores mais escolherem em julho foi o BGF ESG Multi-Asset Fund.  

Temáticos lideram entre os fundos acionistas

Na verdade, são os fundos temáticos que liderem entre as escolhas no mercado acionista. “Continuamos a ver a presença de bastantes temas ligados essencialmente à tecnologia, mas para além deste, encontramos ainda os temas da sustentabilidade, saúde e europa”, diz o diretor-adjunto do Banco Best. A saúde através do BlackRock World Healthscience e, a Europa, através do MFS European Value. Sendo que, os restantes cinco fundos não mencionados que constam no Top 10 dos fundos mais subscritos do Banco Best são fundos mais expostos ao setor tecnológico.

Já no topo das preferências dos investidores sobre o tema sustentabilidade esteve o Nordea Global Climate and Environment, tanto no Banco Best, como no Banco Carregosa. E, regionalmente, “apenas os EUA foram dominados pela preferência do estilo value”, menciona Tiago Gaspar.

Fundos mais subscritos de julho de 2021

Banco BestSelo FundsPeople 2021Banco CarregosaSelo FundsPeople 2021
Nordea Global Climate and EnvironmentBBGF ESG Multi-Asset Fund 
BlackRock World TechnologyABCJPM US Value Fund B
Allianz Global Artificial IntelligenceABBGF Continental European Flexible B
Property Core Real Estate FundBGF European Special Situations 
Acatis Gané Value EventABCSILVIP Fundo VIP
BlackRock World HealthscienceBCBGF World Mining
MFS European ValueABCNordea 1 Global Climate And EnvironmentB
BlackRock Next Generation TechnologyBPictet Global Megatrend Selection
JPMorgan US TechnologyBFidelity Global Consumer Industries 
Franklin TechnologyBNY Mellon Long Term Global Equity 
Fonte: Informação cedida pelas entidades.

Os resgates

“De facto, apenas tivemos seis fundos com resgates cujo somatório ultrapassasse 1.500 euros não sendo possível fazer uma leitura”, começa por referir Tiago Gaspar, relativamente aos resgates do mês.

Por outro lado, Rui Castro Pacheco revela que: “Este mês, dois fundos foram alvos de resgates mais significativos, um fundo que investe em obrigações de forma flexível e outro que investe em multiativos”. O diretor-adjunto diz mesmo que, no caso das estratégias obrigacionistas, têm verificado “alguma rotação, ou para gestores que têm conseguido melhor performance, ou mesmo realocações para multiativos, procurando assumir um pouco mais de risco para tentar obter maior retorno”.

Por fim, o profissional deixa ainda uma nota sobre o caso dos multiativos. "Existem várias opções com vários perfis de risco/retorno e é mais natural alguns investidores irem procurando fundos que se ajustem melhor às suas espectativas", conclui.