Três razões pelas quais a próxima recuperação poderá ser mais forte do que em ciclos anteriores

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Créditos: Micheile Henderson (Unsplash)

Cada vez mais gestoras estão a reduzir o risco de a economia dos EUA entrar em recessão no curto prazo. E isto apesar de a curva de yields ter permanecido invertida, o que normalmente antecipa um cenário de contração da atividade no curto-médio prazo. Segundo Jared Franz, economista da Capital Group, podemos estar a enfrentar a recessão mais anunciada da história.

No entanto, a pergunta que se faz é... E se no final isso acabar por acontecer, o que fazemos? “Quando há uma visão generalizada, como a possibilidade de entrarmos em recessão antes do final do ano, é possível que os mercados já a prevejam. Talvez os investidores devam preparar-se para o que acredito que será uma recuperação mais forte do que o habitual”.

As três razões

Na sua opinião, há três razões pelas quais a próxima recuperação pode ser mais forte do que em ciclos anteriores. “Primeiro, as empresas já preveem uma desaceleração da economia e estão a tomar medidas nesse sentido, a limpar os seus inventários e balanços”, afirma. A segunda razão que dá é que a situação para o consumo dos EUA é relativamente boa. “O endividamento dos consumidores é baixo em comparação com os níveis registados durante a crise financeira global e outras recessões mais típicas”.

Por fim, Jared Franz acredita que a moderação da inflação pode impulsionar o consumo. “Embora ainda leve algum tempo até a Fed atingir a meta de inflação de 2%, acho que pode contê-la em torno dos 3%, o que pode parecer um aumento real dos salários”. Na sua opinião, um forte consumo poderá beneficiar de uma vasta gama de setores, como as viagens e o lazer.

“Além disso, alguns indícios apontam que o mercado imobiliário, que já esteve em recessão, pode estar a recuperar, impulsionando os gastos nos setores de construção e bens duráveis, como eletrodomésticos”.

Os consumidores põem as suas finanças em ordem e as empresas limpam os seus balanços