O fundo, com Rating FundsPeople 2024, encontra-se no primeiro quartil da sua categoria até agora este ano.
Os tempos são mais favoráveis para os multiativos agora que a liquidez voltou a dar retornos positivos. Partindo de uma posição mais cómoda, mistos mais defensivos como o Flossbach von Storch Multi Asset Defensive têm novamente as ferramentas necessárias para proteger a sua carteira em fases de turbulência. O fundo, com Rating FundsPeople 2024, situa-se no primeiro quartil da sua categoria até agora este ano. Um resultado que se explica, em parte, pela maior resiliência das ações de empresas de qualidade, bem como pela procura de ativos refúgio como obrigações e o ouro.
“O perfil de risco/remuneração da liquidez melhorou significativamente em comparação com a fase de taxas de juro zero e negativas. Constitui novamente uma atrativa posição numa carteira de multiativos e também nos dá flexibilidade para capitalizar as oportunidades que surjam noutras classes de ativos. São boas notícias para as estratégias de investimento mais defensivas”, afirma Julian-Benedikt Hautz, gestor do FvS Multi Asset Defensive.
Últimos movimentos no FVS Multi Asset Defensive
Após um bom 2024, entre os últimos movimentos na carteira do FvS Multi Asset Defensive destaca-se a realização de mais valias após quedas significativas das yields da dívida pública norte-americana (cerca de 80 pontos base) e alemã (cerca de 50 pontos base). Uma grande parte da liquidez resultante, conta Julian-Benedikt Hautz, foi canalizada para a tesouraria, que representava 11,9% dos ativos do fundo no final do terceiro trimestre (face a 6,2% no trimestre anterior) e, na sua opinião, continua a pagar taxas de juro muito atrativas.
“Embora continuemos a considerar o perfil de risco/retorno das obrigações atrativo, acreditamos que a significativa queda das yields tornou necessário reduzir as nossas detenções de obrigações por agora”, explica. No final do trimestre, as obrigações representavam 54,3% dos ativos do fundo (face a 60,8%), com uma classificação média AA. A duração baixou ligeiramente de 4,1 para 3,9.
Também reduziram a sua exposição ao ouro (não físico) por uma razão semelhante. “Após uma significativa subida dos preços nos últimos meses, realizámos mais-valias, embora a ponderação (6,0%) do metal precioso não tenha variado. O aumento dos preços compensou a redução”, acrescenta o gestor.
Quanto às ações, a equipa gestora está satisfeita com os resultados de 2024. Superaram o índice MSCI de ações mundiais no terceiro trimestre, o que se explica principalmente pelo facto dos preços das ações das suas empresas em carteira não terem sofrido uma queda tão acentuada durante a fase de turbulências no início de agosto. “A concentração em empresas com modelos de negócios muito sólidos foi particularmente bem sucedida durante esta fase”, acrescenta Hautz. No final do trimestre, as ações representavam 26,3% dos ativos dos fundos, ligeiramente acima do nível do trimestre anterior (25,6%).
Para o gestor, mais do que construir a carteira de uma forma tão robusta que possa resistir praticamente incólume às grandes crises, trata-se de alinhar a carteira com um cenário específico. “Ao mesmo tempo, num fundo defensivo tentamos utilizar as possibilidades da nossa abordagem multiativos. Por exemplo, recentemente aumentámos a duração da carteira de obrigações, uma vez que acreditamos que isto contribui de forma útil para a diversificação da carteira no atual clima económico incerto”, acrescenta.