Conheça, para cada nível do indicador sintético de risco, os fundos de pensões que conseguiram entregar os melhores resultados em 2017.
Na mais recente revista da Funds People Portugal (nº19), diversos profissionais da indústria dos fundos de pensões em Portugal discutiam a necessidade de estimular a poupança para a reforma e a capitalização dessas poupanças no sentido de garantir um nível de rendimento adequado nos anos que se seguem a várias décadas de trabalho.
Os fundos de pensões, a par dos fundos PPR, ocupam uma posição de destaque na captação dessa poupança, e mudanças legislativas recentes, como o Decreto-lei 127 de 2017 surgem como pequenos passos no sentido de tornar estes veículos de poupança em intrumentos mais atrativos para os aforradores. E a oferta é diversa. Dados da APFIPP relativos a 29 de dezembro de 2017 dão conta de uma oferta de 39 fundos de pensões abertos de entidades associadas, sendo que 4 são fundos de adesão coletiva e outros 4 com capital garantido.
No geral, as rentabilidades no ano voltaram a ser positivas e consolidam assim o bom comportamento dos fundos de pensões nacionais. No entanto, dentro de cada indicador sintético de risco - definido com base na volatilidade a 5 anos ou com base no número máximo de anos que tem a política de investimento do fundo ou o próprio fundo - há fundos que se destacam dos demais.
Fundos de Pensões abertos de adesão individual
Entre os fundos de pensões abertos de nível 2 é o Fundo de Pensões Aberto Victoria Multireforma gerido pela Victoria Seguros de Vida, aquele que apresenta a maior taxa de rentabilidade no período, com 0,75% até 29 de dezembro. Já no nível 3, vemos uma oferta mais alargada de fundos e uma maior diversidade de resultados, observando-se um intervalo de retornos entre 1,05% e 4,81%. O valor mais elevado foi conseguido pelo Fundo de Pensões Aberto Multireforma, da GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.
Apesar de se enquadrar dentro do mesmo nível e com um valor de retorno de 5,45% no período, os dados relativos ao BPI Valorização são divulgados brutos de comissão de gestão. No que se refere ao nível 4, os retornos variam entre 1,59% e 8,34% no ano, sendo que é o fundo de pensões Futuro XXI, gerido pela Futuro, que leva o galardão de mais rentável. Mais uma vez, um fundo de pensões da BPI Vida e Pensões, o BPI Acções apresenta um retorno superior, mas bruto de comissões de gestão.
Por fim, o único fundo com um indicador sintético de risco e remuneração de nível 6 leva pra casa um retorno de 9,86%, vendo o seu superior nível de risco ser compensado com um retorno superior ao dos seus pares mais cautelosos. Falamos do Multireforma Acções sob a responsabilidade da GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.


Fundos de pensões abertos de adesão coletiva e fundos de pensões com garantia de capital
Entre os quatro fundos de pensões de adesão coletiva de Associadas da APFIPP observamos uma ausência de correlação entre a volatilidade e o retorno no período em análise. Nomeadamente, com um nível de risco no período representativo de uma volatilidade entre 0,5% e 5%, os retornos oscilam entre -0,11% e 4,32%, sendo que este último foi conseguido pelo Real Previdência Empresas, sob a alçada da Real Vida Pensões.
Entre a oferta de fundos com garantia de capital, é o Multireforma Capital Garantido que apresenta melhores resultados - de 4,01% - num ano em que a volatilidade (calculada pela APFIPP) não superou os 2%. Mais uma vez, a entidade em destaque é a GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

Entre a oferta de fundos com garantia de capital, é o Multireforma Capital Garantido que apresenta melhores resultados - de 4,01% - num ano em que a volatilidade (calculada pela APFIPP) não superou os 2%. Mais uma vez, a entidade em destaque é a GNB - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.
