Um novo standard de sucesso

Marty_Dobbins
Cedida

No âmbito da conversa com o managing director do State Street Global Services do Luxemburgo, a Funds People publica algumas conclusões de um estudo da entidade que permitem entender os desafios que se impõem à indústria de alternativos e também a aposta feita pela entidade na criação de serviços e produtos que visam aumentar a transparência e o rigor no reporte de dados.   

A indústria de alternativos mudou radicalmente na viragem para o século XXI e não há sinais de abrandamento. O papel dos investidores institucionais - e a sofisticação dos mesmos - nas áreas de hedge funds, private equity e imobiliário está a transformar a indústria. Simultaneamente, os gestores de fundos alternativos trabalham para alcançar desafios regulatórios sem precedentes.

Estas dinâmicas significam que os gestores de fundos procuram diferenciar as suas ofertas com novos produtos e soluções que tornam o mercado mais forte e competitivo. Para se ser bem sucedido neste cenário é necessário compreender os fatores da mudança e desenvolver estratégias de acordo com os novos desafios.

Para os investidores, a performance é soberana. 54% dos gestores de fundos alternativos que participam num inquérito levado a cabo pelo State Street indicaram que gerar retorno estaria entre os maiores desafios dos próximos cinco anos. Numa tentativa de resposta, 25% dos gestores inquiridos estão a implementar algumas mudanças já deste 2008 como o lançamento de novas estratégias de investimento com recursos próprios, enquanto 29% planeiam fazê-lo nos próximos cinco anos. 8% das respostas indicou ainda a intenção de oferta de fundos UCITS. Marty Dobbins sublinhou à Funds People, em entrevista, não só o "posicionamento líder do State Street no Luxemburgo no mundo UCITS como o poder e confiança que aporta esta marca" há já 25 anos. Segundo o estudo Monterey Insight – Luxembourg Fund survey 2012, o State Street é líder como custodiante no país e presta serviços a private equity  e fundos imobiliários.

Os gestores que forem mais rápidos a compreender e "abraçar" as mudanças dos investidores serão os que ficarão melhor posicionados no futuro, conclui o estudo do State Street em conjunto com a Preqin, realizado em Julho deste ano a 391 gestores de fundos alternativos (48% da área de hedge funds, 25% private equity, 15% imobiliário).

A regulação está a redefinir o negócio de gestão de alternativos, especialmente pela pressão criada na atualidade com a imensidão de diretivas e regulamentos (AIFMD, EMIR, FATCA, etc.) que causam preocupações a nível global. 44%  dos gestores de hedge funds e 40% dos gestores de fundos imobiliários vêem a regulação como um grande desafio dos próximos cinco anos.

A competitividade por capital irá continuar a intensificar-se. A esmagadora maioria (82%) aponta o fundraising como outro desafio futuro. Tem dado entrada mais dinheiro nos produtos alternativos e esta tendência não tem dado sinais de inversão.

Neste sentido, os investidores tornam-se cada vez mais exigentes e com expectativas mais elevadas o que obriga os gestores a melhorarem as suas formas de reporte sejam ao nível da transparência a fim de fazerem uma melhor e mais eficiente gestão do risco. A redução de custos não é, naturalmente, esquecida  e, portanto, optar por sistemas e soluções integradas de infraestruturas no que refere à parte operacional e de reporte é claramente uma vantagem.

Martin Dobbins destacou, em entrevista recente à Funds People, "que os clientes procuram ter provedores de serviços com capacidades para responder a todas as suas necessidades. E esta é a razão pela qual escolhem o State Street".

A liderança da entidade na indústria de alternativos, onde tinha sob custódia 1,19 biliões de dólares em ativos alternativos, no final de junho de 2013, foi confirmada pelo HFMWeek 20th Biannual Assets Under Administration Survey, de junho deste ano, e o Custody Risk Alternative Fund Administration Survey 2013, realizado em maio.

O State Street não tem presença no mercado ibérico, embora, "continuem atentos a oportunidades de negócio a nível global, sempre alinhadas com a nossa estratégia de negócio", referiu Dobbins. O managing director da entidade no Luxemburgo relembra que "as aquisições devem ser feitas como complemento do negócio existente".  Atualmente, no Luxemburgo prestam serviços a 18 países diferentes, entre quais alguns da América Latina.