Update do Allianz Thematica: a adaptação da carteira às novas tendências

Allianz_Andreas noticia
Créditos: Cedida (Allianz GI)

“Investimos nos temas que fazem sentido, desde que façam sentido”. Esta frase simples resume perfeitamente a filosofia por trás do Allianz Thematica, um fundo de ações gerido por Andreas Fruschki que conta com Selo FundsPeople 2021 pela dupla classificação de Blockbuster e Consistente.

Fruschki explicou numa apresentação com os clientes do fundo como têm vindo a posicionar a carteira nos últimos tempos marcados pela COVID-19 e, sobretudo, como o adaptaram às novas tendências que têm vindo a surgir na sociedade e, portanto, também no mercado. A primeira coisa que quer deixar claro é que este não é um fundo de fundos, uma vez que a carteira é composta por 200 empresas que representam o crème de la crème das posições que estão noutros fundos de megatendências da própria gestora. “Podíamos ter feito um fundo de fundos, mas não o fizemos porque acho que não é a melhor forma de capturar o que é atrativo em cada momento”, afirma o gestor.

Também não fazem um copy paste de outros produtos da gestora, mas selecionam “o que é o melhor do melhor para também ganhar em diversificação”, afirma. E para atingir esse objetivo de obter uma carteira diversificada, optam por não deixar que nenhuma empresa pese mais de 1% da carteira. “O maior risco de investir numa empresa que apresenta oportunidades de longo prazo é que podemos estar a acertar o tema, mas não na empresa e é por isso que colocamos esse limite”, explica o gestor. Além disso, considera que “é mais fácil explicar a natureza do fundo assim, já que permite explicar os temas subjacentes à carteira sem se concentrar numa empresa específica”.

Sete temas num único produto

Atualmente, o fundo está exposto a sete temáticas, duas das quais têm uma componente muito ESG. Estes temas são: vida digital, água limpa, infraestruturas, energia de próxima geração, tecnologia de saúde, inteligência artificial e economia de animais de estimação. Todos têm uma exposição superior a 5% pelo que cada um deles tem impacto no portefólio, embora atualmente os que têm mais peso sejam a vida digital e a água limpa, com pesos de 19 e 18% respetivamente.

“Escolhemos um Top 7 de tendências e gerimo-las ativamente. Se virmos um novo tema, incluímo-lo e substituímos o que achamos que já não pode gerar alfa. É um portefólio que se adapta sempre às novas tendências”, explica o gestor, mostrando aos participantes do webinar um gráfico onde se podem ver as diferentes adaptações que fizeram nos cinco anos de vida do fundo (foi lançado em 2016).

Entre as últimas mudanças que fez, destacam-se duas. A primeira é a decisão que tomaram em março para eliminar a exposição à educação, uma vez que, como explica, “não há muitas empresas que sejam muito puras neste setor e vimos que a maioria ia ser muito regulada na China”. A segunda foi incluir o tema das infraestruturas na carteira para substituir a educação e beneficiar dos diferentes planos de estímulos que os governos anunciaram nos últimos meses como um ponto-chave para a recuperação económica pós-COVID. E também incluíram o tema da energia da próxima geração, um dos claros vencedores dessa transição energética que tanto impulsionou a crise da COVID-19.

"Nos últimos anos é normal que todos os anos mudemos um ou dois temas. Não se trata de tomar decisões táticas, mas decisões devidamente ponderadas”, afirma o gestor da Allianz GI.