Update do DWS Concept Kaldemorgen: acertar na parte curta da curva

Klaus Kaldemorgen e Christoph Schmidt. DWS
Klaus Kaldemorgen e Christoph Schmidt. Créditos: cedida (DWS)

Para o fundo emblemático da DWS no mercado ibérico, o DWS Concept Kaldemorgen, as ações continuam a ser a sua classe de ativos preferida. No entanto, tendo em conta o bom comportamento do mercado de ações até agora este ano, bem como os elevados riscos de concentração dentro dos índices de ações mais amplos, a equipa gestora defende ser fundamental fazer a combinação certa. “Neste sentido, atualmente, favorecemos uma abordagem equilibrada entre os setores defensivos, o espaço digital, bem como as infraestruturas e os cíclicos (inclusive os bancos e os seguros)”, conta Florian Merle, gestor na DWS.

Desde o início de 2024 que a rentabilidade deste fundo com Rating FundsPeople+ tem sido impulsionada principalmente pela forte contribuição das ações (especialmente do setor financeiro) e do ouro. Desta forma, as obrigações também têm contribuído positivamente, apesar de os índices gerais de obrigações não terem tido um desempenho tão bom. Isto é possível graças às boas yields do carry e ao benéfico posicionamento da curva no extremo mais curto da mesma.

O papel das obrigações e do ouro no DWS Concept Kaldemorgen

“O segmento de obrigações tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante na nossa estratégia nos últimos 12-18 meses”, reconhece Florian. Dada a forma inversa da curva de yields, até agora, têm-se centrado na parte curta para captar os níveis de retorno absoluto mais atrativos.

Quanto aos principais riscos que poderão afetar os mercados, o gestor menciona a geopolítica e uma desaceleração mais pronunciada do crescimento económico. Por isso, o DWS Concept Kaldemorgen está amplamente diversificado entre classes de ativos e fatores de risco. A título de exemplo, continuam a reforçar a sua reserva de ativos refúgio, com uma exposição considerável ao ouro (cerca de 7,5% no final de abril) e uma exposição superior à média ao dólar americano.

A opinião dos gestores do fundo sobre os três grandes temas

  • Inflação: os gestores acreditam que foram realizados progressos substanciais para os objetivos dos bancos centrais, e não esperam uma nova aceleração da inflação. No entanto, reconhecem que, a médio e longo prazo, as taxas de inflação poderão continuar rígidas e a situar-se muito acima dos objetivos dos bancos centrais durante mais tempo do que o previsto;
  • Economia: o contexto económico geral até agora este ano tem sido mais sólido do que o previsto pelos investidores. Embora o crescimento económico esteja claramente a abrandar em comparação com o ano de 2023, defendem que os lucros empresariais continuam bastante sólidos;
  • Política monetária: consideram provável que os principais bancos centrais (BCE e Fed) realizem os cortes de taxas em 2024. Embora o momentum e a magnitude dos cortes de taxas sejam importantes para os mercados, tal deverá favorecer o contexto para as ações e conduzir a uma maior normalização da curva de yields.