Para ultrapassar o mercado norte-americano, o fundo combina a análise quantitativa e fundamental com uma carteira concentrada de ideias diversificadas de elevada convicção, de qualidade e ESG ao longo do ciclo económico, com exposição tanto a empresas growth como value.
ESG para chegar mais longe em ações americanas. O FTGF ClearBridge US Equity Sustainability Leaders Fund da Franklin Templeton baseia-se na premissa de que o crescimento do capital a longo prazo é alcançado investindo em empresas de elevada qualidade financeira e atributos ESG positivos. Com a convicção de que este tipo de ações irá ultrapassar os seus homólogos a longo prazo, constroem uma carteira concentrada de ideias de elevada convicção, gerida com horizonte temporal plurianual. Essa carteira é equilibrada com um foco na diversificação ao longo do ciclo económico, com exposição tanto a empresas growth como value, bem como a empresas de todas as categorias de capitalização bolsista.
O processo de investimento combina a análise quantitativa para identificar empresas com atributos de qualidade (elevado retorno do capital, balanços sólidos, alocação eficiente do capital e valorizações atrativas) com a análise fundamental própria dos fatores ambientais, sociais e de governance para produzir um universo de empresas que exibem liderança em ESG e atributos convincentes de risco/retorno.
Além disso, a sustentabilidade segue uma abordagem de propriedade ativa. Ou seja, a equipa tem um historial de voto de 100%. “Por sermos frequentemente um acionista importante das participações da carteira, temos um lugar à mesa com os CEO e CFO das empresas e podemos partilhar expetativas e melhores práticas sobre uma variedade de preocupações empresariais, incluindo considerações de sustentabilidade”, explicam os gestores.
Retorno a longo prazo do FTGF ClearBridge US Equity Sustainability Leaders Fund
E como é que esta filosofia se traduz na prática? A três anos, este fundo com Rating FundsPeople 2023 gerou um retorno médio anualizado de 10,8%. No entanto, o retorno foi inferior ao do índice de referência. Esta underperformance explica-se pelo facto de não investirem em empresas energéticas tradicionais por regra. Isto explica mais de metade da rentabilidade relativa inferior durante o período.
“Mas essa exclusão de empresas energéticas tradicionais irá impulsionar uma rentabilidade relativa tanto positiva como negativa, uma vez que os mercados energéticos vinculados aos combustíveis fósseis, em que investimos, são muito cíclicos”, afirma a equipa gestora. Por exemplo, obtêm melhores resultados em períodos em que a energia tradicional está em desvantagem, como em 2019 e 2020, e piores resultados em mercados de auge do petróleo, como em 2021.
Também vemos esse impacto no máximo drawdown. O período de queda máxima foi de 31 de dezembro de 2021 a 14 de outubro de 2022, em que o fundo obteve um retorno de -27,6%, contra -25,0% do índice Russell 3000, que é o que seria de esperar num ano em que a energia liderou por uma larga margem. Em contrapartida, nos 12 meses que terminaram em 31 de outubro de 2021, o fundo obteve um retorno de 40%, 355 pontos base abaixo do índice; nos 12 meses que terminaram em 31 de outubro de 2020, o fundo obteve um retorno de 25,5%, superando em índice em 1.534 pontos base.
Além disso, têm obtido melhores resultados nos setores da tecnologia da informação e financeiro.
Três novas ideias no FTGF ClearBridge US Equity Sustainability Leaders Fund
“Os dados económicos indicam que nos dirigimos para uma recessão, mas um mercado de trabalho resistente e um consumidor bastante forte sugerem que pode ser uma recessão leve”, comentam os gestores. Neste contexto, as recentes alterações na carteira reforçaram o posicionamento defensivo do fundo. Por exemplo, com a incorporação das empresas de bens de consumo básico Procter & Gamble, uma empresa líder em bens de consumo com marcas líderes em diversas categorias estáveis, como cuidados com tecidos, bebés, beleza e saúde, e a Colgate-Palmolive, fabricante e comercializador mundial de produtos de higiene oral, cuidados pessoais e domésticos e alimentos para animais de estimação.
Outro nome novo, a Ormat Technologies, produz energia geotérmica, um nicho de tecnologia de produção de energia de base com zero emissões de carbono em que a Ormat é líder. “A geotermia tem potencial para desempenhar um papel mais importante na descarbonização da rede e deve ser cada vez mais valorizada à medida que a penetração intermitente da energia eólica/solar aumenta”, explicam.