O Fvs Multiple Opportunities II tem um objetivo simples: fazer com que os seus investidores possam dormir descansados. Nas fases favoráveis do mercado de ações, o fundo deve beneficiar da tendência ascendente, enquanto nas fases desfavoráveis, este deve exceder largamente o retorno do mercado em geral e, assim, evitar o nervosismo dos investidores. E consegue-o com um estilo que Bert Flossbach, gestor cofundador da Flossbach von Storch, define como um estilo de gestão tradicional, baseado na preservação e em fazer crescer o património, distribuindo-o por diferentes classes de ativos. "Compreender as oportunidades e os riscos dentro do melhor possível é uma das nossas marcas de identidade", refere.
Comportamento recente do FvS Multiple Opportunities II
Recentemente, este fundo com Rating FundsPeople beneficiou da tendência ascendente, embora não tão fortemente como o mercado em geral. Quanto às ações, tal deve-se, entre outros fatores, ao facto de a proporção de empresas tecnológicas na carteira ser menor do que a dos índices pertinentes, como o MSCI World ou o S&P 500. “Por que não investimos mais? Porque acreditamos que, em alguns casos, como, por exemplo, a Nvidia, já há muitas coisas boas descontadas nos preços das ações. Mesmo que a empresa ou as empresas estejam muito bem posicionadas e as perspetivas de futuro sejam muito positivas, em muitos casos, os níveis de preços alcançados ainda têm de ser sustentados por factos concretos e, portanto, justificados”, argumenta Flossbach.
Neste sentido, são naturalmente prudentes quando se trata de temas de tendências e propaganda. Pelo contrário, estão centrados em empresas e modelos de negócio cujas perspetivas de lucros a longo prazo possam ser previstas com a maior exatidão possível, embora o potencial de crescimento não deva ser exorbitante. “Às vezes, trata-se de empresas bem mais aborrecidas, como a Unilever ou a Nestlé, por exemplo. No entanto, na nossa opinião, valem a pena a longo prazo”, defende o gestor.
Posicionamento do FvS Multiple Opportunities II
O posicionamento de base não mudou muito nos últimos meses. As ações continuam a representar a maior parte da carteira (65,62%). As obrigações representam 20,91%, sendo a maioria obrigações do estado a curto prazo. “Servem como um atrativo substituto de liquidez que acumula juros”, explica o gestor. O ouro (não físico) representa 9,81%.
“Num contexto persistentemente inflacionista, acreditamos que são precisos ativos reais líquidos de primeira classe a longo prazo, o que se reflete, por um lado, na estrutura da carteira”, argumenta. Por outro lado, não espera que os preços das ações continuem a subir na mesma linha reta que nos últimos meses. “É muito provável que ocorram retrocessos temporais. Neste sentido, a nossa percentagem de liquidez, inclusive as obrigações a curto prazo, é suficientemente elevada para podermos aproveitar as oportunidades quando estas surgirem”, assegura.