O fundo está a mudar a carteira de empresas exportadoras para empresas que podem beneficiar da reflação no Japão.
Na opinião de Jeff Atherton, sopram ventos favoráveis para as ações japonesas. E, mais concretamente, para o estilo value aplicado ao Japão. A lista citada pelo gestor do Man GLG Japan Core Alpha Equity é extensa: política monetária expansiva a curto/médio prazo, fluxos de entrada significativos de capital estrangeiro não vistos desde 2015, e uma revolução na reforma corporativa das empresas japonesas, que estão a tomar medidas pró-acionistas, como a redução da liquidez dos seus balanços através do aumento do pagamento de dividendos e das recompras de ações.
“Estas medidas estão a ser lideradas principalmente por empresas cujas valorizações estão abaixo do valor contabilístico, nas quais o fundo tem mais de 60% de exposição”, conta Atherton. Por isso, atualmente, o Man GLG Japan Core Alpha Equity está a mudar a carteira de empresas exportadoras para empresas que podem beneficiar da reflação do Japão. Também está a substituir os títulos de maior capitalização value que tiveram um excelente comportamento nos últimos anos por empresas mid cap value que apresentam valorizações muito interessantes para Atherton. No final de novembro de 2023, as principais posições em carteira eram a Mitsubishi Estate, Nomura Holdings e Sumitomo Mitsui Trust Holdings.
O que esperar do Man GLG Japan Core Alpha Equity
Este fundo carateriza-se por seguir um estilo value e contraditório. Quanto a vieses, mostra uma preferência por empresas de grande e mega capitalização que foram subvalorizadas pelo mercado durante um período de tempo substancial, e com capacidade de se revalorizarem. Assim, a equipa gestora foca-se no balanço das empresas e analisa rácios como o valor contabilístico (relativo à história e ao mercado) para a seleção de ativos. É liderado por Atherton, um gestor com mais de 30 anos de experiência em investimento em ações japonesas, que se juntou à Man Group em 2011.