Este fundo, com Rating FundsPeople+ em 2024, está a encontrar oportunidades em empresas industriais que, num mercado laboral tenso, criam a maquinaria e a tecnologia para melhorar a produtividade.
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Há três anos que falamos das valorizações atrativas nas small caps, mas essa revalorização acabou por não se materializar. Apesar disso, a mensagem de Michele Ward para os seus clientes é de oportunismo. “Acreditamos que 2024 vai ser finalmente o ano das small caps americanas. Encontramo-nos no seu melhor momento”, afirma a especialista do produto US Smaller Companies Equity da T. Rowe Price. E apoia-se na confluência de três fatores: valorizações, oportunidades e macroeconomia.
É a grande diferença em comparação com outros anos em que as small caps estavam baratas, o facto de, agora, a economia ser um vento favorável. Como assinala Ward, os dados de dezembro mostram uma recuperação do sentimento das famílias americanas. E essa melhoria dos ânimos entre a população também se reflete nos números de consumo, visto que as vendas, na época de Natal, foram positivas.
A nível de fundamentais, as pequenas empresas também cumpriram o seu dever durante os últimos anos de taxas baixas. “Powell avisou que a sua intenção era subir as taxas acentuadamente, e as empresas americanas ouviram o seu aviso”, afirma Ward. Assim, tal como os consumidores refinanciaram as suas hipotecas fixas a taxas atrativas, as empresas americanas de pequena capitalização ampliaram o prazo médio de maturidade da sua dívida. Agora, 42,6% da dívida do Russell 2000 vence entre 2025 e 2027 e 27,9% em 2028-2032.
O nearshoring como vento favorável
O segundo fator mencionado por Ward é o panorama de oportunidades que identifica. Uma tendência estrutural que surgiu após a pandemia é a mudança de direção do pêndulo da globalização. O reshoring, ou nearshoring, é a reversão de anos de externalização de fábricas e cadeias de abastecimento. As empresas já não querem voltar a correr o risco de ter de parar a sua produção porque uma parte da cadeia do outro lado do mundo está com problemas.
Encontramo-nos perante uma tendência que irá gerar biliões de dólares em investimento em infraestrutura nos EUA. E isto cria uma oportunidade para as small caps americanas, garante Ward. “Dado que os custos são muito mais altos, o que antes eram 20 trabalhadores numa fábrica na China, são agora dois ou três numa dos EUA”, afirma. Por isso, uma das ideias que estão a integrar no T. Rowe Price Funds US Smaller Companies Equity Fund, que, este ano, conta com Rating FundsPeople+, são as empresas industriais que fabricam a maquinaria ou a tecnologia que permite às empresas melhorarem a eficiência e produtividade dos seus trabalhadores.
E não estamos a falar de um fenómeno setorial. O reshoring está a ocorrer em múltiplas indústrias. “Isso cria um potencial para a economia americana que poderá durar uma década”, defende Ward.
Um mínimo das small caps?
E por último, as valorizações. Existe o facto de, aos níveis atuais, as small caps estarem a prever um cenário de recessão dura, segundo os cálculos da equipa gestora, enquanto o S&P 500 prevê mesmo uma recuperação modesta.
Mas Ward também destaca um fator técnico: o spread que se abriu entre o peso das cinco maiores empresas no S&P 500 e o desempenho relativo das small caps face às large caps. A última vez que alcançou o limiar de 25%, como aconteceu no ano passado, foi em 1972. E esse ponto coincidiu com o mínimo das small caps. Noutros períodos em que esse spread se alargou bastante, também foi um ponto de inflexão positivo para a classe de ativos.
T. Rowe Price: pioneiros em small caps
Lançado em 2001, o T. Rowe Price Funds US Smaller Companies Equity tem mais de duas décadas. Mas o histórico da T. Rowe Price nesta classe de ativos é muito mais antiga. Em 1960, a gestora criou o New Horizons Fund, um dos primeiros fundos a investir exclusivamente em títulos de pequena capitalização. Surgiu até antes da criação do próprio índice Russell (1984). Desde então, a empresa americana continuou a ampliar a sua gama de small caps e já conta com vários produtos históricos no segmento, como Small Caps Core (1992) ou o Small Caps Vale (1988).
Esse mais de meio século de experiência no segmento alimenta o estilo de gestão do T. Rowe Price Funds US Smaller Companies Equity: análise própria para gerar ideias de alta convicção. É um dos pontos fortes que a gestora tem vindo a cultivar nestas décadas, a sua forte equipa de 60 analistas especializados por setor. “Em muitos casos, conhecemos melhor as empresas do que os seus próprios CEO ou diretores financeiros”, brinca Ward. E a gestora acompanhou muitas empresas desde a sua criação que são hoje uma referência no mercado americano. A Chipotle, Tesla, Salesforce, Netflix ou Starbucks são apenas alguns dos nomes presentes nas carteiras de small caps da T. Rowe Price há mais de 15 anos.
Outro elemento que distingue o T. Rowe Price US Smaller Companies Equity é o índice que tomam como referência. Muitos homólogos se comparam com o índice Russell 2000, que representa atualmente empresas de pequena capitalização até aproximadamente 6.000 milhões de dólares. Quando a T. Rowe Price lançou a estratégia US Smaller Companies, elegeram, por sua vez, o índice Russell 2500, que hoje inclui empresas de até 18.000 milhões de dólares.
E esta é uma das caraterísticas-chave para a consistência do fundo a longo prazo. Porque ter um viés mais amplo do que outros fundos puros de small caps não só lhes permite acompanhar, durante mais tempo, as empresas na sua trajetória de crescimento e ampliar o seu universo, como também já suavizou quedas em períodos de correção, com um maximum drawdown e uma volatilidade menor, segundo a sua análise.