Portugal, com uma população de 10,6 milhões de habitantes apresenta um valor de 21,9 mil milhões em planos de pensões o que corresponde a 13,4 do PIB, segundo dados de 2009 presentes no “2012 European Asset Allocation Survey” da Mercer.
Do total de empresas portuguesas, 33% proporcionam aos seus colaboradores um regime suplementar de benefícios para a reforma. Destes, 38% correspondem a planos de pensões de benefício definido (os benefícios finais oscilam, no final da carreira, entre os 10% e 20% do salário final), 46% a planos de pensões de contribuição definida (baseados na acumulação de contribuições e respectivos juros), 16% a planos mistos.
“Nos últimos 10 anos, ficou clara a existência de um deficit estrutural no custo de atribuir pensões no sector público e que isso se deve a um conjunto de factores como o aumento da esperança média de vida, promessas de pensões demasiado generosas, pobres retornos no investimento e o endividamento público”, refere o documento da consultora Mercer. Neste sentido, acumular ao regime de contribuição obrigatório um plano de contribuições voluntárias para produtos poupança reforma tem vindo a tornar-se popular nos últimos anos.
No que refere a alocação de activos a tendência nacional é uma maior exposição ao mercado obrigacionista com 60%, acções 21%, 13% outras classes de activos e 6% em imobiliário. A tendência global é a preponderância de acções ou obrigações como classes de activos preferências para os planos de pensões de benefício definido. No entanto, segundo este documento da consultora “numa perspectiva futura, é possível o aumento da exposição a classes de activos alternativas dadas as actuais ‘yields’ das obrigações a par do ambiente adverso a acções tanto em termos regulatórios como a própria volatilidade do mercado”.