“Volatilidade” e “Incerteza” são as palavras de ordem para 2017

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Depois de um ano em que alguns eventos políticos tiveram impacto nos mercados financeiros, o ano de 2017 não deverá fugir à regra. Da Popular Gestão de Activos, Paulo Gonçalves acredita que “as palavras de ordem na Zona Euro em 2017 serão volatilidade e incerteza, uma vez que teremos eleições na Alemanha e em França”. Além disso destacam, também, “alguma possível instabilidade em Itália, se o novo primeiro-ministro, nomeado na sequência da demissão do primeiro ministro Renzi, não possuir carisma suficiente para levar a cabo as reformas estruturais de que a Itália necessita e sobretudo o processo de recapitalização da banca italiana, podendo uma eventual falta de popularidade desse novo governo conduzir a eleições antecipadas”.

Também o Brexit é um tema que preocupa a Popular Gestão de Activos, sobretudo no que diz respeitos às consequências, “cujos efeitos dever-se-ão começar a sentir, sobretudo, após o ativar do artigo 50 do Tratado de Lisboa por parte do Reino Unido”.

Para o outro lado do Atlântico Norte, “deveremos assistir a uma subida gradual das taxas de juros da FED ao longo do ano e começaremos a ver os primeiros impactos das políticas do novo presidente”. Enquanto que “os mercados emergentes deverão sofrer os impactos negativos da subida de taxas nos EUA e da valorização do USD”, da entidade gestora referem que “esses efeitos poderão ser compensado pela recuperação dos preços das matérias primas a que temos vindo a assistir já no final deste ano, pelo que a evolução em 2017 dos mercados emergentes dependerá sobretudo da evolução relativa destes dois efeitos contraditórios”.

“É mais razoável falarmos apenas no curto prazo”

Quando questionados sobre as perspetivas para o próximo ano, Paulo Gonçalves prefere ‘jogar à defesa’, já que é “um pouco prematuro termos perspectivas para a totalidade do próximo ano, sendo mais razoável falarmos apenas no curto prazo, onde estamos mais positivos para os Estados Unidos e para o Japão”. Sobre o mercado dos EUA, acreditam que a economia “continua a mostrar bons dados económicos, tanto em termos de emprego como em termos de crescimento económico”, ainda que esperem que ao longo de 2017 se possam “verificar quais os verdadeiros efeitos no crescimento económico das políticas levadas a cabo pela nova Administração norte-americana e se estas conseguirão realmente impulsionar o crescimento do PIB dos EUA para valores acima dos 2% e eventualmente para valores mais próximos dos 3% e se conseguirão também gerar valores mais altos de inflação core”.

Sobre o ‘país do sol nascente’, referem que “poderá ser uma das zonas privilegiadas no caso de começarmos a ter inflação em termos globais, uma vez que as autoridades nipónicas conseguiriam finalmente sair dos valores de inflação nulos ou negativos que tentam combater há mais de uma década”.

Em relação aos riscos, apontam os “efeitos do processo de Brexit, que ainda não se fizeram sentir no ano de 2016, e o risco político que poderá existir caso os partidos anti-Europa e mais populistas continuem a aumentar o seu protagonismo ou se chegarem mesmo ao poder em algumas das maiores economias europeias”. Já para os EUA, a maior incerteza é “acerca das políticas do novo presidente e do seu real impacto”, sendo que “uma subida demasiado rápida de taxas por parte da FED” poderá ser também um risco, apontam,

Seguir os fundos ‘Popular Global’

Da entidade apontam os fundos Popular Global como referência para o próximo ano: o Popular Global 25, o Popular Global 50 e o Popular Global 75. Referem que estes fundos permitem “ao cliente uma adaptação constante à situação dos mercados, podendo assumir diferentes tipo de risco de acordo com a conjuntura económica de curto prazo, sem preocupação com eventuais custos de transferência (comissões de resgate e/ou subscrição), uma vez que entre os diferentes fundos Globais, é inexistente”. Revelam, também, que está previsto o lançamento do fundo Popular Global 5 para o início de 2017.

Maior desafio: contornar a volatilidade

“Tendo em conta o cenário atual de taxas de juro muito baixas, mesmo os clientes mais conservadores terão de procurar alternativas aos tradicionais depósitos a prazo, pelo que os fundos de investimento deverão ter oportunidade de crescer tendo em conta esta perspectiva de investimento alternativa aos investimentos mais tradicionais dos portugueses. O grande desafio irá ser, certamente, conseguir contornar da melhor forma a volatilidade que se espera e conseguir as melhores performances para os nossos clientes”. “Os fundos de investimento deverão ter oportunidade de crescer tendo em conta esta perspectiva de investimento alternativa aos investimentos mais tradicionais dos portugueses”, concluem da Popular Gestão de Activos.