Volume de negociação de ETFs ascende, “empurrado” pela maior volatilidade

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masteruser1999, Flickr, Creative Commons

Do BiG, Isabel Soares, começou por referir que “a flexibilidade de negociação dos ETFs tende a favorecer a utilização deste tipo de instrumentos em cenários de maior volatilidade”. Desta forma, “o mês de agosto não foi exceção e os volumes negociados voltaram a registar níveis bastante interessantes”. A gestora de produto da casa explica que “ainda que em clima de incerteza e alguma instabilidade, os investidores voltaram a utilizar ETFs para se posicionarem, sobretudo, no segmento accionista”. Assim, da “lista de 10 produtos mais negociados, a esmagadora maioria tem um enfoque exactamente nesse segmento”. A Europa voltou a estar em destaque e “a maior procura por subjacentes europeus, já observada em meses anteriores, voltou a estar em evidência”, com os “ETFs iShares EuroStoxx 50, Lyxor ETF IBEX 35, iShares Core DAX UCITS ETF e ComStage ETF PSI20 Leverage, entre outros”, a “beneficiaram desta tendência registando volumes interessantes”. A profissional alerta ainda que “estes produtos registaram volumes significativos tanto no lado das compras como no lado das vendas, o que poderá indiciar uma eventual utilização destes instrumentos para posicionamentos estratégicos e de curto-prazo”.

Do ActivoBank, João Graça explica que na entidade se continua a “verificar que a alavancagem é a principal solução de investimento dos clientes”. No mês de agosto, no entanto, referem que se assistiu “a uma mudança de posicionamento e expectativas com muitos clientes a acreditarem em mais quedas de mercado”. Em termos sectoriais, o profissional descreve que “a área financeira garantiu a preferência dos investidores para uma eventual recuperação enquanto numa perspetiva de correção foi o sector energético, o escolhido”. Já nas geografias, “a China e os Mercados Emergentes em geral recolheram a predileção dos investidores para o investimento no cenário de correção. Por outro lado, a Alemanha foi a principal aposta de subida dos clientes”.

No caso do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos, salienta que "a preferência no mês de agosto foi para o investimento no mercado português, através do ETF Comstage PSI 20 UCITs ETF". No que refere aos mercados internacionais "a seleção recaiu sobre as 50 maiores empresas da zona euro, através do ETF da sociedade gestora BlackRock - iShares com o ETF iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist) e com preferência no setor da banca para o ETF - iShares EURO STOXX Banks 30-15 UCITS ETF (DE)". O profissional acrescenta que "refletindo uma procura pelo investimento nas empresas de grande e média capitalização de países que utilizam o Euro como moeda oficial, como forma de evitar risco cambial, destacou-se o ETF - iShares Currency Hedged MSCI Eurozone ETF". Já no mercado americano "a procura foi para o ETF que replica o desempenho de um dos principais índices americanos – NASDAQ 100, através do ETF PowerShares QQQ".