A industria brasileira de fundos de acções apresentou bons desempenhos

Os fundos de acções 'FMT-FGTS' (fundos mútuos de privatização cuja principal característica é o investimento em empresas que são a ser alvo de privatizado pelo Estado) são os fundos que mais beneficiaram da conjuntura, atingindo uma rendibilidade no mês de Setembro de 8,59%, reflectindo as subidas dos preços das acções das empresas Vale e Petrobras (3,70%), refere o comunicado da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).

Igualmente, os fundos de acções 'small caps' beneficiariam da valorização das acções de empresas de média e baixa capitalização impulsionadas, precisamente, pelas medidas de estimulo à economia. Estes acumulam a segunda maior valorização do ano, 14,25%, depois dos fundos de obrigações índices, que valorizam no ano 16,04%, refere o boletim de Outubro da ANBIMA.

Por outro lado, os fundos de acções dividendos, foram o lado negro deste panorama positivo, recuando, em Setembro, 1,29%, influenciados pelo anuncio de medidas para o sector eléctrico, que tradicionalmente é representativo na composição das carteiras, explica o boletim de Outubro da ANBIMA.

O património líquido da indústria de fundos brasileira era, em Setembro, equivalente a 2.134 bilhão de PL tendo crescido 1,1% em relação ao mês anterior, apesar do volume de subscrições (montante equivalente a 238,7 bilhão) ter sido inferior ao de resgates (equivalente a 240 bilhão de reais), segundo o referido documento.

No mercado domestico, em termos absolutos, o número de fundos existentes era de 12.268, tendo iniciado actividade em Setembro 172 face ao encerramento de 42. No que refere a sociedades gestoras existem 92 administradores de fundos e 462 gestores.