Os selecionadores portugueses de fundos de investimento favoritos em 2021

O ano passado não esteve isento de eventos que impactaram a atividade de seleção de fundos. O escrutínio dos profissionais que gerem as estratégias que ocupam os portefólios dos investidores em Portugal terá aumentado significativamente num contexto em que a gestão de risco e a robustez dos processos foram testados pelo mercado. Passado o momento de maior volatilidade e incerteza, quisemos o testemunho dos  responsáveis de vendas das gestoras internacionais que atuam em Portugal, ao cederem-nos os seus quatros selecionadores de fundos favoritos. Na edição de 2021 da votação, a oitava, ficámos a conhecer quem são os 40 profissionais que, para os vendas de 33 gestoras internacionais, mais se destacam no mundo da seleção de fundos nacional pela qualidade do seu trabalho.

No Top 23, constituído pelos profissionais que contam com dois ou mais votos, estão caras bem conhecidas que marcaram presença por várias vezes consecutivas. Por ordem alfabética o Top 23 é constituído por:

André Amado Pinto, CFA, da BPI Gestão de Ativos

André Amado Pinto

Carla Prates, da LM Capital Wealth Management

Carla Prates

Carla Veiga, da GNB Gestão de Ativos

Carla Veiga

Carlos Pinto, da Optimize Investment Partners

Carlos Pinto

Duarte Francisco, da DWM do Millennium bcp

Duarte Francisco

Eduardo Monteiro, da BPI Gestão de Ativos

Eduardo Monteiro

Guilherme Cardoso, da DWM do Millennium bcp

Guilherme Cardoso

Guilherme Onofre Piedade, da Caixa Gestão de Ativos

Guilherme Onofre Piedade

Inês Castro, da DWM do Millennium bcp

Inês Castro

João Paulo Silva, do Novo Banco

João Paulo Silva

João Pina Gomes, do ABANCA

João Pina Gomes

José Calheiros, da Bankinter GA

José Calheiros

Luís Andrade, CFA, da IM Gestão de Ativos

Luís Andrade

Marta Martins, da GNB Gestão de Ativos

Marta Martins

Nuno Salvador, da Bankinter GA

Nuno Salvador

Paulo Monteiro, da Invest Gestão de Ativos

Paulo Monteiro

Paulo Sá, do Santander Totta

Paulo Sá

Renato Rocha, da Atrium

Renato Rocha

Ricardo Líbano, da IM Gestão de Ativos

Ricardo Líbano

Rui Broega, do BiG

Rui Broega

Rui Castro Pacheco, do Banco Best

Rui Castro Pacheco

Rui Machado, da IM Gestão de Ativos

Rui Machado

Tiago Rêgo, da Fidelidade

Tiago Rêgo

Além dos selecionadores no Top 23, também foram mencionados os seguintes profissionais:

tabla 1

Os receios dos selecionadores

Os vendas das gestoras estrangeiras também revelaram quais são as principais preocupações dos clientes portugueses relativamente ao futuro e quais são as mudanças trazidas pela pandemia que vieram para ficar. Embora as respostas não reúnam consensos, ajudam-nos a retirar algumas conclusões interessantes.

grafico 1

As preocupações dos selecionadores de fundos portugueses apontadas pelos responsáveis de vendas são muitas, contudo, há algumas que se destacam pela frequência com que foram mencionadas. Por exemplo, 33% dos vendas inquiridos indicou o atual ambiente de taxas de juro de negativas no fixed income europeu e a necessidade de encontrar bons retornos nominais e/ou reais que também ofereçam diversificação e, portanto, correlações baixas a negativas com ativos de risco, como as ações.

Cada vez mais o ESG ganha destaque no mundo da gestão de ativos. A crescente preocupação dos investidores com as alterações climáticas fez deste tipo de ativos um must-have nas carteiras. Como tal, 30% dos inquiridos aponta os critérios ESG como um dos tópicos que inquieta os selecionadores de fundos quer pela sua inclusão nos portefólios, quer pela implementação recente regulamento europeu SFDR.

Outro dos temas que tem estado no centro do debate macroeconómico este ano é a inflação e, segundo 27% dos sales das gestoras internacionais, este também é um motivo de apreensão para os selecionadores.

Por fim, o quarto tópico mais referido foi a pandemia. 24% atribui à COVID-19 e às suas consequências um dos motivos de preocupação dos profissionais de seleção de fundos. Esta inquietude é motivada não só pelas possíveis mudanças profundas que a pandemia deixará na sociedade, mas também no universo dos investimentos.

Comunicação

Se há algo que a pandemia veio mudar foi a forma de comunicar com o cliente. Apesar de as reuniões presenciais terem sido substituídas por reuniões virtuais, isto não impediu a comunicação com o cliente. Embora distantes fisicamente, na opinião de 21% dos responsáveis de vendas das gestoras internacionais inquiridos, a proximidade com o cliente aumentou. 

Além destas mudanças terem potenciado um contacto mais próximo e frequente com o cliente, também agilizaram o processo de acesso à informação. Isto é, a informação a que os selecionadores podem aceder é agora mais personalizada e condensada. Esta filtragem permite que o cliente tenha ao seu alcance informação que realmente tenha valor ao invés de ser bombardeado com e-mails, newsletters e afins. 

Pós-pandemia

Quanto ao pós-pandemia as opiniões dividem-se. Por um lado, 54,5% pensa que a forma de trabalhar nunca mais será a mesma. As visitas presenciais vão continuar a acontecer, mas a maioria será substituída por videochamadas. O mesmo irá acontecer com as conferências que vão continuar a dar lugar aos webinares. Para os sales das gestoras internacionais, isto não só tornará o seu trabalho mais eficiente como permitirá poupar dinheiro e recursos com a redução de viagens.

Por outro lado, e embora em muito menor medida, 15% considera que assim que se a situação o permitir, voltaremos quase na totalidade aos velhos hábitos: reuniões presenciais, conferências, roadshows… Para estes vendas, esta é uma profissão que bebe das relações sociais e, assim sendo, o cara a cara é de extrema importância e deverá ser retomado assim que possível.


Método de análise: Foram inquiridos 33 profissionais de vendas de 33 gestoras internacionais. Foi pedido aos vendas que nomeassem quatro selecionadores de fundos nacionais individuais sem considerarem equipas como um todo. As questões realizadas eram de resposta livre, sem qualquer restrição ou sugestão.

Participaram no inquérito as gestoras:

  • Aberdeen SI
  • Acatis
  • AllianceBernstein
  • Allianz GI
  • Amundi
  • AXA IM
  • BlackRock
  • Candriam
  • Capital Stategies Partners
  • Columbia Threadneedle Investments
  • DNB AM
  • DWS
  • Eurizon Capital
  • Fidelity International
  • Franklin Templeton
  • Goldman Sachs AM
  • Hermes Investment
  • Invesco
  • J.P. Morgan AM
  • Janus Henderson Investors
  • Jupiter AM
  • Liontrust AM
  • M&G Investments
  • MCH Investment Strategies
  • MFS IM
  • Morgan Stanley
  • Natixis IM
  • Neuberger Berman
  • NN IP
  • Nordea AM
  • Robeco
  • UBS AM
  • Vontobel AM