Ativos digitais e rendimento fixo no radar das gestoras de ETF
No encontro ETF Index Minds, organizado pela FundsPeople, falou-se de inovação em torno dos digital assets, das obrigações e dos ETF pela mão de Pedro Santuy (BNP Paribas AM), Laure Peyranne (Invesco), Silvia Senra (BlackRock), César Muro (DWS), Nina Petrini (UBS), Domingo Barroso (Fidelity International) e Lorena Martínez-Olivares (J. P. Morgan AM).
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
O apoio da nova Administração dos EUA aos criptoativos colocou os ativos digitais, senão no primeiro lugar, entre os primeiros lugares de inovação das gestoras, sem esquecer outros desenvolvimentos em torno do rendimento fixo e, claro, a gestão ativa dos ETF.
Esta foi a conclusão destacada no evento ETF Index Minds, organizado pela FundsPeople para discutir inovação em torno deste produto, e que contou com a presença de Lorena Martínez-Olivares, responsável de ETF para Espanha e Portugal na J.P. Morgan AM, Pedro Santuy, diretor de vendas de ETF e Indexados na BNP Paribas AM, Laure Peyranne, head of ETFs Iberia, LatAm & US Offshore da Invesco, Silvia Senra, membro da equipa de gestoras de fundos para a BlackRock na Península Ibérica, César Muro, head of Xtrackers Sales Iberia na DWS, Nina Petrini, responsável de ETF & Index Fund Sales para UBS para a Península Ibérica e América Latina, e Domingo Barroso, responsável de ETF e Fundos Indexados para a Península Ibérica e América Latina.
Além da gestão ativa de ETF, na qual a entidade norte-americana já trabalha há algum tempo, o foco também está nos produtos temáticos, “orientados para a Inteligência Artificial”, especifica Silvia Senra, nos iBonds (ETF com vencimento), uma plataforma com 25 produtos e 7.000 milhões sob gestão na Europa, e em produtos de precisão que oferecem maior granularidade nas ações americana.
1/7A inovação da gestora francesa continua focada na tendência da sustentabilidade, e este ano será dado um passo mais nos produtos ESG. “Até agora, quase todos os veículos eram gerados a partir de um índice sustentável”, explica Pedro Santuy, diretor de vendas de ETF e Indexados para a Península Ibérica, mas a aposta será inovar com “uma abordagem diferente através de um índice tradicional para criar um ETF com uma abordagem ESG ativa e com um tracking error mínimo”.
2/7A entidade, que já conta com vários ETF que permitem acesso a moedas digitais como Bitcoin e Ethereum, vê esta última como uma das possíveis beneficiárias da nova Administração Trump, segundo César Muro, head of Xtrackers Sales Iberia. Concorda que há “um problema na falta de um enquadramento regulatório para a incorporação de ativos digitais nos fundos”. Em 2024, lançaram novidades em produtos passivos, incluindo veículos com exposição a small caps em ações classe A da China, o primeiro ETF de réplica híbrida (física e sintética ao mesmo tempo), ETF com vencimento e de obrigações. No entanto, para 2025, o foco será "ampliar a gama de ETF de gestão ativa, tanto com capacidades internas como com gestores externos".
3/7A gestora partilha a visão sobre o potencial dos ativos digitais, em especial dos processos de tokenização, mas pretende primeiro compreendê-los melhor para perceber de que forma pode acrescentar valor ao mercado, afirma Domingo Barroso, responsável de ETF e Fundos Indexados para a Península Ibérica e América Latina. Compara os volumes movimentados pelos ETF expostos ao bitcoin para afirmar que “haverá um despertar” deste lado do Atlântico: 136 biliões de dólares nos EUA vs. 19 biliões na Europa. A gestora também tem planos para explorar o segmento da dívida privada sob o formato de active ETF.
4/7“Vamos assistir a desenvolvimentos de produtos em criptomoedas impulsionados pelo novo governo dos EUA, que irá promover uma regulamentação favorável aos ativos digitais”, afirma Laure Peyranne, head of ETFs Iberia, LatAm & US Offshore da entidade. A gestora, que já conta com um produto ETF exposto a bitcoin, está focada numa gama equal weight sobre os grandes índices devido à “preocupação dos investidores com a concentração de ativos nos índices”, o que levou os clientes a “estarem mais dispostos a apostar neste produto”.
5/7O caminho traçado pela J.P. Morgan AM na indústria de ETF baseia-se em produtos de gestão ativa. Nesse sentido, como explica Lorena Martínez-Olivares, responsável de ETF para Espanha e Portugal, a gestora continua o seu processo de expansão da gama de ETF ativos, desde produtos com estratégias de baixo tracking error (onde têm estado mais concentrados através dos REI), até novas soluções com desvios face ao índice superiores (em torno dos 230 pontos base). Martínez-Olivares destaca, em particular, o interesse crescente nos ETF de gestão ativa de rendimento fixo, onde vê uma grande oportunidade, dado que a oferta atual ainda é reduzida.
6/7Na gestora suíça, dos quase 1,8 triliões de dólares em ativos sob gestão, 800 biliões são em indexados de diversas formas. “Trabalhamos para apoiar os nossos clientes e oferecer-lhes acesso a diferentes tipos de veículos indexados, para que possam escolher, de acordo com as suas necessidades, os que melhor se adequam às suas carteiras: ETF, fundos indexados ou mandatos, entre outros. O nosso papel não é apenas guiar os clientes e ajudá-los a entender como cada um destes veículos se pode adaptar da melhor forma possível à sua alocação de ativos, mas também oferecer-lhes uma experiência personalizada dentro do mundo passivo”, explica Nina Petrini, responsável de ETF & Index Fund Sales para UBS em Iberia e Latam. Por isso, a entidade está a desenvolver estruturas inovadoras para veículos indexados. Além disso, no que diz respeito às classes de ativos, a gestora está também a impulsionar a inovação no segmento de ETF de obrigações. Destaca-se o elevado volume de fluxos do ano passado nas estratégias de curta duração ou ultra short. “É uma tendência que vai continuar”, alerta.
7/7