“A volatilidade está a voltar, mas não está verdadeiramente de volta. Parece-nos muito elevada em relação ao que experienciamos recentemente, mas, em termos históricos, não está nos níveis mais elevados. Pelo menos para já”. Assim comentou Paul Casson, gestor na britânica Artemis Investment Managers, num evento organizado em Londres com jornalistas europeus. O gestor não deixa de criticar a lógica (ou falta dela) dos investidores ao longo dos últimos anos, mas a ideia que passa é de tranquilidade perante o comportamento dos mercados em 2018. “Nos últimos anos os preços das ações têm subido muito, enquanto os resultados não subiram tanto. Tudo se tem tornado mais caro. É fácil encontrar uma justificação para tudo na vida, mas a verdade é que os mercados têm vindo a criar um vazio que tem que ser preenchido. Um vácuo que tem que ser ocupado. E se por um lado vimos o mercado a preencher esse vazio, com os preços a recuar, por outro, os resultados têm estado a subir e estamos ainda no princípio da época de resultados. Não é o fim do mundo,” metaforiza. Por outro lado, acrescenta: “É possível termos recessões que não se traduzem em crises financeiras globais. Mas estas últimas são aquelas que são pouco comuns, não o contrário. Contudo, nada pode ser fantástico eternamente e eventualmente terá de mudar”.
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